Saiu a edição de 2021 do ranking 300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro, desenvolvido todos os anos pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). O levantamento analisa os dados das empresas em 2020, ano do maior impacto da pandemia na economia. Ainda assim, as maiores varejistas do país cresceram 12,6%, o dobro da média do varejo.
As 300 maiores empresas do varejo brasileiro tiveram no ano passado um faturamento bruto de R$ 795,219 bilhões. O Carrefour lidera a lista nacional, com um faturamento bruto de R$ 74,749 bilhões. A cisão da rede Assaí do Pão de Açúcar formou a segunda maior varejista brasileira, enquanto o GPA Alimentar ficou na quinta posição. Com isso, o top 5 deste ano é formado por Carrefour, Assaí, Magazine Luiza, Via Varejo e GPA Alimentar. Essas cinco empresas somaram um faturamento de R$ 216,602 bilhões, 5,4% mais que na edição anterior e 27,24% do faturamento das 300 maiores.
Um grande destaque ficou para os supermercados. O varejo de alimentos passou de 137 para 145 empresas no ranking da SBVC na comparação de 2020 sobre 2019. Enquanto isso, redes de moda e calçados, segmento bastante afetado pela redução da mobilidade, caíram de 48 para 39. A transformação digital, como esperado, também apareceu na pesquisa. Das 300 empresas, 210 tinham e-commerce no ano passado. É um aumento de 30% sobre as 162 do ano anterior. (Mais curiosidades no pé da coluna.)
Mas a coluna, claro, analisou o ranking em busca das 29 empresas que têm sede no Rio Grande do Sul. Veja quais são elas, o faturamento alcançado em 2020 e a posição entre as 300 maiores do país:
Lojas Renner
14º lugar (Perdeu posições. Estava em 9º.)
Vendas totais: R$ 10,341 bilhões (-20,2%)
24.757 funcionários
Companhia Zaffari
23º lugar (Ganhou posições. Estava em 26º.)
Vendas totais: R$ 6,110 bilhões (+11,3%)
11.417 funcionários
Farmácia São João
42º lugar (Ganhou posição. Estava em 43º.)
Vendas totais: R$ 3,418 bilhões (+11,9%)
12.933 funcionários
Panvel Farmácias
50º lugar (Ganhou posições. Estava em 53º.)
Vendas totais: R$ 2,9178 bilhões (+3,8%)
7.493 funcionários
Lojas Colombo
75º lugar (Ganhou posições. Estava em 94º. )
Vendas totais: R$ 1,870 bilhão (+22,7%)
4.208 funcionários
Unidasul
77º lugar (Ganhou posições. Estava em 83º.)
Vendas totais: R$ 1,848 bilhão (+11,7%)
5.333 funcionários
Lojas Becker
87º lugar (Perdeu posições. Estava em 82º.)
Vendas totais: R$ 1,680 bilhão (Não há informação sobre o faturamento do ano anterior.)
4.000 funcionários
Comercial Zaffari
89º lugar (Ganhou posições. Estava em 120º.)
Vendas totais: R$ 1,669 bilhão (+44,6%)
3.000 funcionários
Lojas Quero-Quero
93º lugar (Perdeu posições. Estava em 84º.)
Vendas totais: R$ 1,573 bilhão (+27,9%)
7.096 funcionários
Grupo Herval
94º lugar (Perdeu posições. Estava em 87º.)
Vendas totais: R$ 1,542 bilhão (Não há informação sobre o faturamento do ano anterior.)
6.322 funcionários
Farmácias Associadas
103º lugar (Não estava no ranking no ano anterior.)
Vendas totais: R$ 1,340 bilhão
Não foi informado o número de funcionários.
Lojas Lebes
140º lugar (Perdeu posições. Estava em 110º.)
Vendas totais: R$ 995 milhões (-17,4%)
2.993 funcionários
iGUi Piscinas
145º lugar (Ganhou posições. Estava em 236º.)
Vendas totais: R$ 952 milhões (Não tem a informação sobre o faturamento do ano anterior.)
Não foi informado o número de funcionários.
Imec Supermercados
153º lugar (Ganhou posições. Estava em 183º.)
Vendas totais: R$ 889 milhões (+29,8%)
2.419 funcionários
Asun Supermercados
154º lugar (Ganhou posições. Estava em 169º.)
Vendas totais: R$ 888 milhões (+19,5%)
2.758 funcionários
Todeschini
158º lugar (Perdeu posições. Estava em 141º.)
Vendas totais: R$ 884 milhões (+19,5%)
6.181 funcionários
Master Supermercados
194º lugar (Ganhou posições. Estava em 209º.)
Vendas totais: R$ 858 milhões (+15%)
1.875 funcionários
Rede Vivo Supermercados
200º lugar (Ganhou posições. Estava em 224º.)
Vendas totais: R$ 630 milhões (+21,9%)
1.647 funcionários
Grupo Grazziotin
204º lugar (Perdeu posições. Estava em 182º.)
Vendas totais: R$ 616 milhões (-9,7%)
2.360 funcionários
Supermercado Guanabara
206º lugar (Ganhou posições. Estava em 215º.)
Vendas totais: R$ 609 milhões (+11%)
2.371 funcionários
Lojas Pompeia e Gang
208º lugar (Perdeu posições. Estava em 152º.)
Vendas totais: R$ 604 milhões (-26,6%)
3.199 funcionários
Grupo Paquetá
212º lugar (Perdeu posições. Estava em 101º.)
Vendas totais: R$ 577 milhões (Não tem a informação sobre o faturamento do ano anterior.)
Não foi informado o número de funcionários.
Grendene (Melissa)
226º lugar (Perdeu posições. Estava em 223º.)
Vendas totais: R$ 537 milhões (Não tem a informação sobre o faturamento do ano anterior.) Não foi informado o número de funcionários.
Peruzzo Supermercados
230º lugar (Ganhou posições. Estava em 235º.)
Vendas totais: R$ 518 milhões (Não tem a informação sobre o faturamento do ano anterior.)
Não foi informado o número de funcionários.
Supermercado Baklizi
237º lugar (Manteve a posição.)
Vendas totais: R$ 503 milhões (+6,4%)
1.693 funcionários
Redemac
266º lugar (Perdeu posições. Estava em 245º.)
Vendas totais: R$ 400 milhões (-11,1%)
Não foi informado o número de funcionários.
Righi
278º lugar (Ganhou posições. Estava em 284º.)
Vendas totais: R$ 367 milhões (+10,5%)
1.121 funcionários
Nicolini Supermercados
281º lugar (Ganhou posições. Estava em 297º.)
Vendas totais: R$ 357 milhões (+16%)
1.312 funcionários
Supermercados Cotripal
287º lugar (Ganhou posições. Estava em 300º.)
Vendas totais: R$ 332 milhões (+10,3%)
938 funcionários
Os principais destaques da edição 2021 do Ranking “300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro” são os seguintes:
- As 300 maiores empresas faturaram R$ 795,219 bilhões em 2020. Considerando as 195 empresas que divulgaram seus faturamentos brutos em 2019 e 2020, o crescimento anual foi de 6,03%, quase o dobro da expansão de 3,3% do Varejo Ampliado no ano passado (PMC-IBGE).
- O Carrefour é a maior empresa de varejo do País, com um faturamento de R$ 74,749 bilhões, ou 9,4% das vendas das maiores.
- As cinco maiores empresas de varejo responderam por 27,24% do faturamento total das empresas listadas no Ranking, somando R$ 216,602 bilhões, mas elas correspondem às quatro primeiras da edição 2020. Considerando as seis primeiras, o índice é de 30,37% das vendas totais das 300 maiores.
- As dez maiores empresas de varejo responderam por 40,45% do faturamento total das empresas listadas no Ranking, somando R$ 321,646 bilhões.
- No total, 145 empresas listadas no Ranking cresceram acima da média do varejo brasileiro e 44 tiveram desempenho negativo em 2020. As líderes do varejo conseguiram responder de forma positiva e impactante aos desafios trazidos pela pandemia e pelo isolamento social.
- O crescimento absoluto de vendas do Carrefour, de R$ 12,5 bilhões, seria suficiente para colocar a empresa como a 11ª maior varejista do País.
- A pandemia trouxe uma grande aceleração à digitalização do varejo. De 162 empresas no fim de 2019 para 210 (70% da lista) em 2020, com um grande destaque: os supermercados.
- Pela primeira vez, mais de 50% dos supermercadistas entre os 300 maiores possuem um e-commerce. São 76 empresas (quase o dobro da edição anterior), comprovando a intensa aceleração digital do setor em meio à pandemia.
- O desenvolvimento de marketplaces teve uma evolução ainda maior em 2020, impulsionando a aceleração das vendas online em todos os setores do varejo brasileiro. Esse é um fator importante na evolução do e-commerce e na transformação digital das empresas varejistas.
- O setor com maior número de empresas no Ranking é o de Supermercados, com 145 representantes, dos quais três estão no top 10 do varejo.
- O setor de Moda, Calçados e Artigos Esportivos, com 39 empresas, é o segundo com maior presença no Ranking, mas nenhuma está entre as 10 maiores do varejo. Esse foi o setor mais impactado pela pandemia: em 2020, eram 48 empresas entre as 300 maiores.
- Dezoito das 300 empresas listadas possuem mais de mil lojas, assim como na edição anterior. Dessas empresas, sete estão entre as 10 maiores em faturamento.
- O Grupo Boticário é a empresa com mais lojas no Brasil, seguida por McDonald’s, Cacau Show, Raia Drogasil e Ortobom. A tônica é a forte presença do sistema de franquias como modelo de expansão, proporcionando oportunidades para crescer com capital de investidores-empreendedores.
- Das 50 empresas líderes em faturamento por loja, 49 são supermercadistas, lideradas por Andorinha, Higa e Formosa. Empresas com poucos pontos de venda e uma relevância enorme nos micromercados onde atuam.
- Das 300 varejistas listadas, 42 são de capital aberto, 10 a mais que na edição anterior do Ranking. Esse grupo de empresas faturou R$ 374,001 bilhões (47,03% do total das 300 maiores). O setor de Moda, Calçados e Artigos Esportivos é o que tem mais empresas de capital aberto (13 empresas).
- As 266 empresas listadas no Ranking deste ano e que têm números de lojas comparáveis entre 2019 e 2020 somam 62.732 pontos de venda, um avanço de 1,08%. Mesmo na pior pandemia dos últimos 100 anos, o varejo conseguiu encontrar caminhos para se expandir.
- A empresa que mais aumentou sua base de lojas foi a Raia Drogasil, com 189 unidades. A varejista, que havia sido a terceira de maior expansão na edição anterior do Ranking, continua ágil em identificar e aproveitar oportunidades de mercado. Três redes de farmácias estão entre as 10 redes que mais abriram lojas em 2020.
- Sete das 10 empresas que mais aumentaram suas vendas atuam no setor de Supermercados, movidas especialmente pela expansão das vendas durante a pandemia.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe:
Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Francine Silva (francine.silva@rdgaucha.com.br)
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