Julho foi o quarto mês consecutivo com fechamento de empregos em Porto Alegre em um importante setor: a construção. Foram extintos 43 postos de trabalho com carteira assinada. Nos meses anteriores, os resultados tinham sido piores. Com isso, o acumulado do ano traz o fechamento de 288 empregos no setor. Parece pouco, mas reverte a criação de vagas dos meses anteriores e era para este mercado estar aquecido.
No acumulado do ano, o pior resultado vem de obras de infraestrutura. Mas, nos últimos meses, a construção de edifícios também passou a ter saldo negativo entre contratações e demissões.
O setor enfrenta as sucessivas altas nos preços dos insumos, como aço, cobre, plástico, vidro e até louças sanitárias. Em alguns casos, há falta de matéria-prima. No entanto, o secretário Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), Germano Bremm, tem uma expectativa positiva para obras privadas que terão início em breve. São grandes projetos que participaram do programa de licenciamento prioritário criado pela prefeitura de Porto Alegre no ano passado para sustentar investimentos no setor apesar da crise da pandemia. Para ter a análise acelerada na Smamus, as empresas se comprometem a iniciar a construção em até um ano após obter a licença. É importante que os lançamentos comecem a sair do papel.
Todos os setores
Porto Alegre teve a geração de 1.896 empregos em julho. Foi o terceiro mês positivo, mas desacelerou um pouco. Serviços foram o grande destaque. Mas os demais, com exceção da construção, também criaram empregos. Até mesmo a agropecuária, que não é a grande vocação da Capital.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe:
Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Francine Silva (francine.silva@rdgaucha.com.br)
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