Marca de chocolates fundada em 1976 em Gramado, a Lugano está chegando ao mercado norte-americano. Até o final do ano, 13 contêineres com doces da empresa serão enviados aos Estados Unidos. Eles terão trufas e chocolates com tema de Natal para serem vendidos em redes varejistas como a Dollar Tree, que tem mais de 15 mil unidades no país.
- Os três primeiros contêineres são para uma empresa que faz brindes corporativos, e levarão o nome dela. Outros nove contêineres são de trufas de sabores como ao leite, morango e caramelo, para reds como Dollar Tree. O último terá produtos natalinos, como Papai Noel e boneco de neve de chocolate, para a rede de lojas de departamento Ross Store. As trufas e os temáticos levarão a marca Lugano - detalha o CEO Augusto Schwingel Luz.
Luz conta que estava há cinco anos trabalhando para entrar no mercado norte-americano, participando de feiras e prospectando clientes. Ele também diz que a Lugano teve que se adaptar, pois o paladar é diferente do dos brasileiros.
- O pessoal nos Estados Unidos gosta de produtos bem doces. Aqui no Brasil, o chocolate tem menos teor de açúcar. Então, nos adaptamos. Além disso, tivemos bastante cuidado com logística, pois os contêineres precisam ter controle de temperatura e umidade - explica o empresário.
Para o próximo ano, a empresa já trabalha para conseguir novos contratos de exportação, pensando em produtos como o Valentine's Day (Dia dos Namorados nos Estados Unidos), Páscoa e Halloween.
Enquanto isso, no Brasil
A coluna aproveitou a conversa com o empresário para saber como está o mercado de chocolates no Brasil. Depois de duas Páscoas (a época do ano de maior faturamento para o setor) com poucas vendas, a Lugano começa a sentir recuperação.
- A Páscoa significa 40% do faturamento do ano para a Lugano. No ano passado, tivemos queda de 93% no faturamento no período. Este ano, foi de 80%. Foi um período muito difícil, beiramos o caos total. De 130 funcionários, ficamos com 40 na produção. Esse ano, a fábrica ficou fechada por 45 dias. Mas, a partir de maio, as coisas começaram a se estabilizar. Em junho, tivemos um faturamento muito bom, e, em julho, um dos melhores faturamentos de nossa história. Ainda não cobriu todo prejuízo de 1,5 ano, mas as expectativas são muito boas - conta Luz.
Além disso, a empresa vai fechar 2021 com o dobro de lojas franqueadas pelo Brasil. De 38, passará a ter 75 lojas, que começaram a ser negociadas ainda em 2020.
- O ano da pandemia foi muito bom para venda de novas franquias, muita gente procurando investimentos diferentes, buscaram opções de franquia, vendemos muita novas licenças. Demora na média 10 meses para uma loja entre a contratação e a inauguração da loja. Agora, estão começando a abrir.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Francine Silva (francine.silva@rdgaucha.com.br)
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