Conforme antecipado pela coluna, a rede de cafeterias Starbucks vai chegar ao Rio Grande do Sul no segundo semestre do ano, começando com uma loja na Galeria Chaves, no centro de Porto Alegre. Em seguida, serão abertas unidades em shoppings da Capital e mais três apenas no aeroporto. Cada uma exige investimento de R$ 1,5 milhão e tem cerca de 150 metros quadrados. Para aprofundar o assunto que tanto interessou aos nossos leitores, o programa Acerto de Contas (domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha) participou de uma entrevista com Sergio Barbi, diretor de expansão da SouthRock Capital, empresa que controla a marca no Brasil, e com Rogério Wagner, empresário gaúcho da Ponto Pronto, que prospecta locais para a instalação das unidades. Os executivos estiveram na prefeitura de Porto Alegre. Confira:
Quais são os critérios que vocês observam para escolher onde vão instalar a cafeteria?
Há uma série de critérios. A Starbucks tem 35 mil lojas no mundo. Nós temos 125 lojas apenas no Brasil, onde estamos há 14 anos e começaremos uma expansão maior agora. Os critérios variam de acordo com a população e o consumo per capita. A Starbucks no Brasil não trabalha com franquias. Todas as lojas são operações próprias, e sempre que alguém identificar qualquer oportunidade para ter uma Starbucks, por favor, entre em contato conosco que, com maior prazer, vamos analisar o ponto e, se puder, instalar a loja.
Aqui no Rio Grande do Sul, quais são os critérios que vocês estão considerando para escolher os primeiros lugares?
A Starbucks sempre teve uma relação histórica muito grande com a cidade, com a população. Quando entramos em uma região tão consolidada como Porto Alegre, é importante estarmos próximo da história da cidade. Por isso que escolhemos a Galeria Chaves, na Rua dos Andradas, para começar nossa história em uma cidade tão importante como Porto Alegre.
Pretendem abrir lojas de rua, de shopping ou os dois tipos?
Loja de rua, de shopping, aeroportos, em cada esquina, vamos chegar a ter uma Starbucks. E desenvolver a cultura do café. Isso é uma coisa muito importante para nós. Mais do que vender café, acreditamos muito no produto, gostamos e temos paixão pelo café. Então, vamos promover nas pessoas a paixão pelo café.
Não é arriscado investir na pandemia?
Este é o momento, porque a pandemia vai acabar. Ela vai embora e queremos estar prontos para atender o mercado.
Por que a Starbucks decidiu vir agora?
A Starbucks foi adquirida pela SouthRock, uma holding de investimento, em 2018. Depois, começou a pandemia. Queremos fazer a expansão agora, mais para o final da pandemia para conseguimos montar loja. Sempre tivemos a intenção, e agora, tendo o direito da marca, a conseguimos abrir.
Vocês chegam a ter um planejamento de quantas unidades terão no Rio Grande do Sul em médio e longo prazo?
São muitas lojas. Por uma questão estratégica, não divulgamos, mas são mais de 20 lojas em Porto Alegre ao longo dos próximos anos. Uma em cada esquina.
E a primeira, na Galeria Chaves, será para quando?
No segundo semestre. Acredito que conseguimos inaugurar lá por outubro.
E todas as lojas são de modelo semelhante?
Uma coisa importante na Starbucks é que nenhuma loja é igual a outra. Todas são diferentes, porque seguem o ambiente em que elas estão. Incorporamos, no projeto, características locais. É o design mais novo da Starbucks, mas cada loja é diferente.
Quantos empregos gera cada unidade?
Empregos diretos, 12. Mas aí temos as estruturas de suporte e mais os fornecedores, que geram vários postos de trabalho.
A reunião com o prefeito Sebastião Melo foi para apresentar o projeto? Ou as lojas dependem de alguma medida do executivo municipal?
É uma relação institucional. É a nossa chegada. Viemos falar com o prefeito, o dono da casa, pedir licença e fazer parte da comunidade. Mas não dependemos de nenhuma licença especial. Só estamos cuidando das nossas relações.
Atualização: a assessoria de imprensa da Starbucks Brasil solicitou à coluna o acréscimo das seguintes informações ao que foi dito pelo executivo: - Brasil tem 129 lojas, que ficam em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Santa Catarina. - Empresa atua há 15 anos no Brasil, onde entrou em 2006. - Até o momento, são três lojas no Aeroporto Internacional Salgado Filho, uma loja na Rua dos Andradas (Centro) e outros pontos estão sendo negociados em shoppings e centros comerciais.
A Galeria Chaves, onde a Starbucks se instalará, tem 62 operações. Rogério Wagner, da Ponto Pronto, explica que a cafeteria ficará de frente para a Rua dos Andradas, onde era a loja de calçados Zapato por 25 anos. O empresário trabalhará com a rede para prospecção.
Como escolher o local para uma Starbucks?
Tem que ser uma avenida de grande fluxo ou um centro de compras bem estruturado, como um shopping. Ela estará onde outros estão, mas chega ocupando o espaço dela com um trabalho um pouco diferenciado, respeitando as demais cafeterias, já que os gaúchos têm boas cafeterias. Ela chega para somar.
Haverá mais no Centro, já que o prefeito disse que o senhor é um apaixonado pela região?
Acredito que sim. Há 30 anos, trouxemos o primeiro McDonald's. Hoje, temos quatro no Centro. Teremos em todos os bairros de Porto Alegre, em todos os centros de compras.
E fora de Porto Alegre?
Ah, em Canoas, São Leopoldo, Erechim, Uruguaiana, Capão da canoa, Gramado, Pelotas... São todas cidades boas para se instalar.
Ouça mais detalhes no programa Acerto de Contas (domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha):
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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