Precisava de uma lei para que as empresas afastassem grávidas do ambiente de trabalho e buscassem colocá-las em home office? Sim, precisava, e ela entrou em vigor ontem. Gestantes são mais suscetíveis às complicações da covid-19. Por isso e pelo que representam, deveriam receber mais cuidados da sociedade neste momento. Mas as manifestações de que isso colocará o emprego delas em risco mostra que é preciso evoluir muito e que, sim, a lei é necessária. Em tempo, a estabilidade no emprego segue até o quinto mês após o parto.
E fala aqui uma profissional que trabalho até as 40 semanas da primeira gravidez e saiu da redação para o parto. Mas não era uma pandemia, não convivia com um vírus imprevisível e com uma confusão envolvendo a vacinação. A gravidez é quando grande parte das mulheres mais cuida do corpo. Está nele o seu maior tesouro. Imagino a tensão de quem precisa expor esse bem tão precioso.
Essa exposição e essa tensão deveriam ser evitados pelas empresas sem a necessidade da lei. Entendo que várias funções exercidas por grávidas precisam ser presenciais. Mas, certamente, não é o caso da maioria que está precisando frequentar o ambiente de trabalho. Empresas, façam um rearranjo de funções. Colegas, sejam compreensivos. Todos nós viemos de um ventre. E, claro, gestantes, dediquem-se no home office e evitem outros tipos de contatos para que o esforço do empregador para protege-la seja recompensado.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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