Novamente, todas as seis linhas de crédito ao consumidor pesquisadas pela Associação Nacional de Executivos de Finanças (Anefac) subiram em abril. É um movimento que ocorre desde dezembro, antes mesmo de o Banco Central começar a elevar a taxa de juro Selic.
Mas chama a atenção é que a taxa de juro mais alta foi a que mais subiu: a do rotativo do cartão de crédito. Ela teve, em abril, um avanço de 0,18 ponto percentual sobre março, o triplo da média entre as linhas da pesquisa.
Com o avanço, a média do juro do rotativo do cartão de crédito passou para 278,07% ao ano. Ou seja, uma dívida atrasada por um ano praticamente quadruplica. A segunda mais elevada é a do cheque especial, que, ainda assim, é menos da metade: 131,36%.
O limite do cartão de crédito nada mais é do que um empréstimo pré-aprovado. A pessoa gasta um valor que pagará depois ao banco, no dia da fatura. Como é "fácil" de ser acessado, é caro. Isso é uma regra no mercado de crédito.
E um alerta importante: pagar o mínimo permitido da fatura do cartão de crédito no mês apenas afasta o registro do consumidor como inadimplente. O que não é quitado fica considerado como atrasado e sofre a incidência de juros. Cuidado com a bola de neve.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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