O preço da gasolina comum acelerou a alta para os consumidores gaúchos. Na última pesquisa semanal da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o aumento foi de 8 centavos, com o litro passando para uma média de R$ 5,62. É a terceira elevação consecutiva após algumas reduções nos valores identificados no levantamento, que considera entre 180 e 200 postos no Rio Grande do Sul.
No final da semana passada, ocorreram elevações entre 30 e 60 centavos em postos da Região Metropolitana. Dias antes, a Petrobras aumentou o preço da gasolina nas refinarias, mas foi uma alta de 5 centavos. O ano já acumula aumento de 43,47%. Mas há um outro impacto que vem sendo alertado por João Carlos Dal'Aqua, presidente do Sulpetro-RS, sindicato que representa os postos no Rio Grande do Sul. Seguem as elevações de preços nas distribuidoras com a justificativa de aumento no preço do álcool anidro, que precisa ser obrigatoriamente adicionado à gasolina.
Consultado novamente pela coluna, o empresário informa que o problema com o fornecimento de etanol continua e que o preço está inviável. Especialmente, no caso do etanol usado como combustível, que é diferente daquele que vai na mistura da gasolina, que, por sua vez, tem também o preço pressionado.
O Rio Grande do Sul compra etanol do Sudeste, onde a colheita de cana-de-açúcar segue lenta com o clima desfavorável. Por isso, usinas adiaram o início da moagem. A situação deve seguir em maio, alerta o economista João Fernandes, da Quantitas Asset, com baixa oferta e previsão de aumento da demanda.
Aliás, sobre demanda, um alerta para o preço do petróleo. A retomada da economia dos Estados Unidos e de outros países tende a elevação mais a cotação internacional, que é observada pela Petrobras para definir preços nas refinarias brasileiras. Por outro lado, boa parte do estoque foi consumida e países exportadores até podem tirar a trava da produção que foi colocada para segurar preços na época de baixa demanda.
Para fechar, há o dólar. O câmbio é o que mais tem pressionada a elevação dos combustíveis nas refinarias brasileiras. O real tem conseguido se sustentar nos últimos dias, mas ainda depende muito da situação fiscal do país.
Por outro lado, haverá nova redução no preço de pauta usado para calcular o ICMS da gasolina. Será um corte de quatro centavos na virada do mês, passando para R$ 5,66. Na metade do mês, houve uma redução de 14 centavos. Subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira reforça que os preços de referência vão se ajustando de acordo com o que é efetivamente praticado nos postos, já que o cálculo do governo usa as notas fiscais eletrônicas.
Diesel
O Sulpetro alerta que o diesel. A redução do Pis Cofins determinada pelo governo federal termina agora em abril. Também há cotas de entrega já para o combustível, com represamento em algumas distribuidoras. O benefício fiscal tinha duração de dois meses.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna
Experimente um jeito mais prático de se informar: tenha o aplicativo de GZH no seu celular. Com ele, você vai ter acesso rápido a todos os nossos conteúdos sempre que quiser. É simples e super intuitivo, do jeito que você gosta.
Baixe grátis na loja de aplicativos do seu aparelho: App Store para modelos iOS e Google Play para modelos Android.