Novas altas de preço nos materiais de construção estão chegando ao varejo, repassados pelas fábricas. Em alguns itens, os aumentos estão mais intensos, como em produtos que usam cobre na fabricação. Diretor da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção (Acomac) e do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas POA), Felippe Sielichow lembra que, tradicionalmente, há reajustes nesta época do ano. Mas, agora, eles se somam a aumentos fortes do ano passado.
- No caso do fio de cobre, tem o impacto da disparada da commodity na bolsa de Londres. As tintas estão com aumentos de 6% a 7%, mas são menores do que os reajustes do ano passado. Mas a situação melhorou - diz Sielichow.
Ele relata escassez ainda alumínio e plástico, o que levou à suspensão na venda de escadas. Mas a situação está mais tensa nas louças. Em especial, os modelos populares, que tiveram uma procura muito forte em outubro e novembro, e as fábricas não estão com produção total. Há até interrupção da venda de alguns modelos de privada.
- Na nossa loja, teve encomenda que demorou sete meses para chegar - diz o empresário, que é dono da rede Ferragem Porão.
Mas, no geral, o diretor da Acomac diz que o estoque melhorou na comparação com o ano passado. No caso de tubos e conexões, o prazo de entrega caiu de 90 dias para de 30 até 40 dias.
- A parte boa é o cimento. O fornecimento está regular e os preços se mantêm.
O aumento nos custos da construção tem pressionado o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC), que é usado para reajustar o financiamento imobiliário de imóveis em construção. Saiba mais: Dispara índice que reajusta prestação do financiamento de imóveis na planta
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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