Para, quem sabe, mais um alívio nas bombas, a Petrobras anunciou nova redução de preços para combustíveis. No caso da gasolina, é a segunda diminuição após seis altas consecutivas. O preço ficará R$ 0,108 menor nas refinarias a partir desta quinta-feira (25).
Desta vez, o diesel também teve um corte. A primeira redução do ano será de R$ 0,114. Na semana passada, o químico industrial Marcelo Gauto já havia avisado a coluna de que tinha espaço também para redução do combustível, essencial para o transporte de cargas no país.
A Petrobras define os preços das refinarias a partir da variação do câmbio e do petróleo. O dólar vem perdendo força em relação ao real. Em especial, com a decisão do Banco Central de elevar a taxa de juro Selic para 2,75% ao ano e a sinalização de que fará novo aumento forte na próxima reunião, daqui a cerca de 40 dias. Isso atrai mais investimento estrangeiro e reforça o compromisso da autoridade monetária no controle da inflação.
Em relação ao petróleo, houve uma queda hoje com os estoques mundiais informados acima do previsto. Antes, até tinha subido com um navio encalhado no Canal de Suez. Mas a cotação vinha em queda com novos fechamentos de economias importantes devido ao avanço da pandemia mesmo com a vacinação.
Chega na bomba?
É bem provável. A redução da semana passada chegou. Para entender: a Petrobras define preços nas refinarias, inclusive na Refap, em Canoas. Depois, distribuidoras e postos de combustíveis podem negociar a decidir valores, sem tabelamento. Então, ainda há outras variáveis até a bomba, onde está o impacto dos preços para os consumidores. Mas como o corte é forte e o consumo caiu com a redução de circulação, devemos ter nova queda conforme o estoque dos postos girar com combustível novo. Além disso, deve ocorrer uma redução do preço de pauta da gasolina na virada do mês para cálculo do ICMS, tirando também um pouco do peso da carga tributária.
Mudança na Petrobras
A assembleia para definir sobre a troca no comando da Petrobras está marcada para 12 de abril, quando acionistas avaliarão os nomes indicados. Inclusive, a indicação do general Joaquim Luna e Silva para substituir o presidente da estatal Roberto Castello Branco, criticado publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro. Castello Branco prometeu seguir o preço internacional até sair do cargo.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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