O Estado aceitou metade do pedido dos lojistas para mudar a bandeira preta. Autorizou o delivery, mas manteve proibido o pegue e leve, também conhecido por takeaway. Não pode atender na porta e nem drive thru, mas pode tele-entrega e teleatendimento. O pedido foi encabeçado pelo presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV), Sérgio Galbinski. Não resolve o problema. Para alguns, pouco ou nem ameniza. Mas, para muitos, dá um fôlego para enfrentar um novo fechamento em tempos de caixa já estrangulado.
- Do jeito que está, estamos comemorando o que conquistamos. Estou olhando o copo meio cheio. E os lojistas já estão se mexendo para fazer a venda online no período. Estou recebendo mensagens de vários empresários sobre isso - diz ele.
Diretor do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas POA) e sócio da rede de lojas Ishtar, Carlos Klein avisou a coluna ainda no sábado que estava "turbinando" o delivery. Ele conta que estava com o planejamento pronto para o Liquida Porto Alegre, promoção que acontece em fevereiro e chegou até a ser anunciada, mas não ocorrerá. Por isso, ele ficou com muitas peças de verão em estoque que precisam ser vendidas agora.
- Nosso produto é sazonal, a moda feminina tem "vida útil". Estamos "ajustando as velas" para aproveitar a oportunidade - explica o empresário.
Para usar e abusar do delivery, o lojista está já impulsionando as promoções nas redes sociais, incentivando as vendas pelo WhatsApp com entrega em casa e dando a possibilidade de troca se não servir ou o cliente não gostar. Ele diz que é um alento para manter o caixa e a equipe, sem redução de funcionários e nem de salários.
- Delivery não resolve todos os problemas, mas, com certeza, ajuda muito!
Vencimento de tributos, folha de pagamento e parcelas dos empréstimos pelo Pronampe preocupam ainda mais os empresários para os próximos dias.
Adaptação
A capacidade de adaptação de Carlos Klein já apareceu aqui na coluna antes. A produção de máscaras começou como uma alternativa temporária de renda para as costureiras que prestavam serviço para a rede de lojas Ishtar. Com o andar da pandemia, virou um negócio "eterno enquanto dure a pandemia" e determinante para a manutenção da empresa. Eficácia e viabilidade econômica da peça foram os fatores observados por Carlos Klein, um dos sócios da empresa. Com o tempo, as máscaras foram aprimoradas e novos modelos foram criados para atender às necessidades e preferências de todos os clientes.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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