A Casa Louro fechou sua loja física no Moinhos Shopping, em Porto Alegre, e passará a vender apenas pela internet. O encerramento das atividades foi no dia 24 de dezembro, véspera do Natal. Além de ser uma marca muito tradicional da história do varejo da Capital, ela é do presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV), Sérgio Galbinski, que conversou com a coluna sobre a decisão.
Galbinski, que já atua há alguns anos com outros negócios digitais, investiu nos canais de e-commerce da Casa Louro nos cerca de 60 dias em que o comércio gaúcho ficou fechado no início da pandemia. A aposta foi no desenvolvimento das redes sociais e no avanço da comunicação com clientes pelo WhatsApp.
- Fizemos várias vendas com delivery, tanto para Porto Alegre como para o interior e, ainda, para outros Estados. Os clientes perderam o medo dos canais digitais. E nós também - conta o empresário.
Ele cita, claro, os custos de manter uma loja física. Entre eles, o mais pesado é o aluguel. A Casa Louro é conhecida pela venda das malhas Burma, que são importadas do Uruguai. Segundo Galbinski, as clientes já sabem seu tamanho e isso facilita a venda online.
- Como nosso forte é o inverno, agora temos algum tempo para melhorar o site - diz ele.
Antes de ser Casa Louro, a empresa era o Rincão Gaúcho. A loja vendia produtos gauchescos e lembranças turísticas. Em 1994, com o Plano Real e a estabilidade da moeda, foi iniciada a importação das tradicionais malhas Burma.
- Deixamos de vender produtos gauchescos e iniciamos com calçados e vestuário feminino adulto. A loja passou a se chamar apenas Rincão.
A empresa teve loja na Rua dos Andradas, no shopping Praia de Belas, no Iguatemi e, por último, no Moinhos Shopping. Em 2006, a família Sondermann cedeu a marca Casa Louro.
- Era uma marca muito conhecida das mulheres gaúchas e, com ela, incrementamos muito as vendas.
Negócios digitais
Em paralelo à Casa Louro, Sérgio Galbinski tem uma consultoria de captação de dados empresarias e também o Muda Muda, um plataforma online que, há cinco anos, conecta transportadoras com consumidores que querem fazer mudanças. Já acumula mais de 135 mil serviços prestados no país.
Em janeiro, o plano é agregar um novo serviço ao Muda Muda. Com o nome Pinta Pinta, ele atenderá demandas de pinturas residenciais.
- Os dois serviços têm sinergia. Muitos clientes que se mudam precisam também contratar o serviço de pintura. Nossa previsão é que este mercado de pinturas, tanto na parte de serviços como de varejo, tem potencial para ser pelo menos 10 vezes maior que o de mudanças - projeta o executivo.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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