O aluguel residencial aparece como a segunda pressão de baixa na inflação para o consumidor de Porto Alegre. A queda média em 30 dias fica em 0,67%, contra um Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) de 0,60% no período. Parece pequena, mas o que chama a atenção é haver um recuo enquanto o Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) dispara e é considerado a inflação do aluguel por ser usado no reajuste de contratos.
No acumulado de 12 meses, o aluguel residencial tem alta de cerca de 3%, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ou seja, se aproxima muito mais do IPC-S do que do IGP-M, que se aproxima dos 25%. Isso sinaliza que as negociações estão ocorrendo para não se aplicar um reajuste tão alto aos contratos, por mais que o indicador seja apontado nas cláusulas, concorda o coordenador das pesquisas de preços da FGV, André Braz.
- É mais fácil negociar aluguel residencial do que comercial. No caso de um negócio, é mais difícil porque o endereço faz parte da relação com os clientes - observa Braz.
Braz explica que o a pesquisa da FGV até considera alguns imóveis anunciados para alugar, mas a maior parte já é monitoramento de contratos em andamento. É importante essa diferenciação, já que os imóveis disponíveis para locação costumam variar mais conforme a demanda do momento, enquanto o rompimento de um contrato dá mais trabalho e a negociação existe mais das partes.
Em tempo, a coluna vem sugerindo para os consumidores se anteciparem e procurarem os donos dos imóveis antes do reajuste anual dos contratos. E fique atento aos demais boletos, já que diversos serviços também usam o IGP-M como indexador.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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