A venda de veículos fechou seis meses de crescimento no Rio Grande do Sul. Em agosto, já tinha superado fevereiro em número de emplacamentos. O resultado seguiu aumentando e, em outubro, houve avanço de 4,54% sobre setembro, atingindo 15.436 unidades comercializadas. Os dados são do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Rio Grande do Sul (Sincodiv-RS).
No mês passado, o crescimento geral até perdeu força, mas alguns segmentos se destacaram. Em especial, implementos rodoviários. Na comparação com o mês anterior, o segmento vendeu 26% mais. Em volume, automóveis de passeio e motos têm mais representatividade e ambos tiveram avanço.
Sabe-se que motos, por exemplo, só não está se vendendo mais porque há falta na indústria, gerando fila de espera no varejo. O problema é o mesmo que tem atingido outras cadeias econômicas, com escassez de insumos e parques fabris com produção reduzida pela pandemia.
Em outubro sobre setembro, apenas caminhões tiveram queda de vendas. O recuo foi de 9%. Também é um segmento que enfrenta falta de veículo para atender aos pedidos das transportadoras. Mas, ao mesmo, tempo é um termômetro da economia, já que a circulação e demanda por caminhões significa a movimentação de mercadorias.
Apesar dos dados bem positivos dos últimos meses, eles ainda não são suficientes para reverter o impacto da pandemia a ponto de voltar ao patamar do ano passado. Todos os sete segmentos considerados no monitoramento têm queda de vendas no acumulado de 2020 em relação ao período de janeiro a outubro de 2019. No geral, o recuo de emplacamentos ainda é alto, de 26,74%. Em volume, são 116.550 veículos vendidos neste ano contra 159.094 dos primeiros 10 meses do ano passado.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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