O Rio Grande do Sul perdeu 3,6 mil estabelecimentos de turismo na pandemia. Saldos negativos entre aberturas de negócios foram registrados em todos os Estados, com os piores resultados em São Paulo (-15,2 mil), Minas Gerais (-5,4 mil), Rio de Janeiro (-4,5 mil), Paraná (-3,8 mil) e Santa Catarina (-3,8 mil). Ou seja a região Sul foi bastante afetada. O levantamento é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Uma pesquisa anterior da entidade já havia apontado um prejuízo superior a R$ 10 bilhões no turismo gaúcho.
A crise de proporções inéditas enfrentada pelo turismo nos últimos meses levou o setor a registrar um saldo negativo de 49,9 mil estabelecimentos com vínculos empregatícios entre março e agosto. O setor perdeu 16,7% dos estabelecimentos. Todos os segmentos turísticos registraram saldos negativos, com destaque para serviços de alimentação fora do domicílio, como bares e restaurantes (-39,5 mil), seguidos pelo segmento de hospedagem em hotéis, pousadas e similares (-5,4 mil) e transporte rodoviário (-1,7 mil).
"A maior parte das atividades que compõem o turismo brasileiro segue ainda sem perspectiva de recuperação significativa do nível de atividade nos próximos meses em virtude do caráter não essencial do consumo desses serviços. Além disso, a aversão de consumidores e empresas à demanda por esses serviços, somada ao rígido protocolo que envolve a prestação de serviços dessa natureza, tende a retardar a retomada do setor.", diz a análise da CNC.
Com menos estabelecimentos com vínculos empregatícios, o Turismo também sofreu um baque no emprego. Em seis meses de pandemia, foram eliminados 481,3 mil postos formais de trabalho. Isso representou uma retração de 13,8% no contingente de pessoas ocupadas nessas atividades, com cortes mais intensos nos segmentos de agências de viagens (-26,1% ou -18,5 mil) e de hotéis, pousadas e similares (-23,4% ou -79,9 mil).
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Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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