Com fábrica no Rio Grande do Sul e em São Paulo, a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) está informando os clientes que o prazo de entrega está em 60 dias, dependendo do produto. O motivo é a demanda por armas, munições e insumos para recargas, que, segundo o comunicado, superou "todas as previsões e as melhores expectativas nestes últimos meses".
A fabricante de munições é, inclusive, controladora da Taurus. Essa companhia, por sua vez, tem sede em São Leopoldo, no Vale do Sinos. Ainda no comunicado, a CBC informa que ampliou a estrutura nos últimos anos e está monitorando o mercado, tomando novas medidas para regularizar o abastecimento.
A CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos) foi fundada em 1926. Além das unidades produtivas no Brasil, tem operações na Alemanha e República Tcheca, além de centros de distribuição aqui, nos Estados Unidos e na Europa.
Atualização - Confira nota enviada pela empresa:
"A Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) vem esclarecer que está atendendo a todos os pedidos rigorosamente dentro do prazo de recebimento dos mesmos e que nos últimos anos a empresa se preparou para esse novo momento, porém momentaneamente existem alguns atrasos em itens específicos que serão brevemente sanados.
A companhia fez investimentos significativos em sua infraestrutura fabril, construindo e ampliando prédios, modernizando maquinários e padronizando processos de modo a permitir que a capacidade de abastecimento seja regularizada.
Respeitamos nossos clientes e por esse motivo seguimos com a transparência na comunicação com o intuito de garantir e manter o bom atendimento e satisfação de nossos consumidores. Estamos comprometidos a atender todos os pedidos que já estão em nosso sistema no menor prazo possível."
Venda de armas
A venda de armas fogo realmente "disparou". Como havia prometido durante a campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro vem flexibilizando o acesso às armas para a população. E isto é considerado principal fator para o aumento da procura por legalizar arsenais no Brasil, especialmente os recém-adquiridos. No Rio Grande do Sul, o fenômeno é evidente: houve aumento de 3,4 vezes no registro de armas novas entre janeiro e junho de 2020. Foram 7.579 registros na primeira metade deste ano contra 2.216 armas novas registradas no mesmo período de 2019, conforme dados fornecidos pela Polícia Federal a GaúchaZH — acréscimo de 242%.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da colunista
Experimente um jeito mais prático de se informar: tenha o aplicativo GaúchaZH no seu celular. Com ele, você vai ter acesso rápido a todos os nossos conteúdos sempre que quiser. É simples e super intuitivo, do jeito que você gosta.
Baixe grátis na loja de aplicativos do seu aparelho: App Store para modelos iOS e Google Play para modelos Android.