Em um painel realizado pelo Bradesco, Carlos Jereissati Filho, CEO do Grupo Iguatemi, disse acreditar que o consumidor seguirá indo em lojas físicas após a pandemia. Que o e-commerce é tendência, isso é claro, mas o executivo entende que não substituirá o ponto de venda.
Jereissati também lembrou que o estilo de shopping do Brasil vai mais para a linha da Ásia e da Europa, com lazer. E menos para o estilo dos Estados Unidos, onde é mais só consumo.
- Comprar é bacana. Ir até uma loja legal é um prazer. O ruim é pagar e carregar. A tecnologia está tirando essa fricção. As pessoas precisam moderar o discurso "do que vai acabar". As coisas funcionarão unidas - enfatizou Carlos Jereissati.
Reforçou o shopping como espaço de lazer, mais do que só consumo:
- Muita coisa de lazer que não precisa de um espaço muito grande ainda será colocada em shopping center - disse o CEO do Iguatemi.
O shopping está implementando a venda online no projeto Iguatemi 365. É o e-commerce do grupo, incluindo a operação gaúcha.
E sobre as aquisições do Grupo Iguatemi:
- Eu apanhei muito. Há dez anos, nós éramos lentos. Não iria comprar qualquer porcaria por aí para fazer número e impressionar o mercado. Somos um negócio com controle familiar e temos uma visão clara do negócio - diz Carlos Jereissati, do Iguatemi.
Aliás, o conselho de administração da Iguatemi aprovou na semana passada a aquisição de participação imobiliária nos shopping centers Praia de Belas, em Porto Alegre (RS), e Esplanada, em Sorocaba (SP). Eram fatias que pertenciam ao IRB Investimentos e Participações Imobiliárias. Saiba mais: Aprovada compra de mais 20% do Praia de Belas Shopping pelo grupo Iguatemi
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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