Com o estrago feito pelo coronavírus e tendo registrado quedas bem maiores no primeiro trimestre, até que o recuo de 26,3% nas exportações do Rio Grande do Sul veio menor do que o esperado. Ainda assim, claro, é um resultado bastante negativo na comparação com o mesmo período do ano passado. Os embarques gaúchos somaram US$ 6,795 bilhões, representando quase 7% do total da exportação do país.
As importações também caíram. O recuo foi de 23,7%, somando US$ 3,303 bilhões. Com isso, houve superávit da balança comercial, quando as exportações superam as importações.
Quando a China enfrentava o seu auge da covid-19, as exportações gaúchas tinham sido mais afetadas. Conforme o país foi combatendo a doença, os números melhoraram. A segunda maior economia do mundo segue como principal destino do que produzimos aqui, comprando 32,3%. Houve até um aumento de 5,4% em relação ao ano passado. Ou seja, o país comprou US$ 2,2 bilhões do Rio Grande do Sul.
Já os Estados Unidos ficam como segundo principal destino dos embarques do Rio Grande do Sul, mas compraram 24,9% menos. Responderam no semestre por 8,3% do total.
Para fechar, a Argentina, aqui ao lado, fica em terceiro. Representa 5,51% das exportações gaúchas do semestre. Mas comprou 22,3% menos.
Veja os produtos em destaque, sua representatividade nos embarques e também o desempenho em relação ao primeiro semestre do ano passado:
Soja: 24% (aumentou 20% em relação a 2019)
Fumo: 7% (caiu 35%)
Carne de aves: 6,7% (subiu 33,6%)
Farelo de soja e outros alimentos para animais: 5,3% (ficou estável)
Celulose: 4,3% (aumentou 66%)
Carne suína: 4,2% (aumentou 76,5%)
Por outro lado, destaque para a queda forte na importação de veículos para transporte de mercadorias e de óleos combustíveis. Ambos são diretamente ligados ao desempenho da economia.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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