Os primeiros caminhões da marca FNM, conhecida como Fenemê, devem ser produzidos no final do ano. A marca volta ao mercado após mais de quatro décadas de sua extinção com uma linha de veículos elétricos fabricados pela Agrale, indústria de Caxias do Sul, na serra gaúcha. Diretor comercial, Edson Ares Sixto Martins acrescentou que serão caminhões de 13 e 18 toneladas. O motor elétrico terá até 130 quilômetros de autonomia.
- A Agrale não será apenas a montadora dos novos caminhões FNM. Está sim ativamente participando da concepção do produto através de sua engenharia. Também é importante destacar que a FNM será responsável pela comercialização. Estamos orgulhosos e otimistas com essa parceria - comenta.
O diretor não confirma que novas vagas de emprego serão geradas, porque dependerá da demanda. Martins também encaminhou um histórico de projetos da Agrale focados em desenvolvimento de novas tecnologias. Entre eles, o desenvolvimento de trator movido a biodiesel em 2006 e a entrada em operação do primeiro ônibus movido a GNV (gás natural veicular) no sistema de transporte público de Buenos Aires, na Argentina, em 2018. Em 2019, desenvolveu, em parceria com uma empresa na Austrália, um veículo elétrico voltado para aplicação de mineração.
A FNM foi criada em 1942 em Duque de Caxias, Rio de Janeiro, para produzir motores aeronáuticos. Sete anos depois, foi a primeira a produzir caminhões no Brasil, atividade mantida até 1977, quando foi vendida à Fiat. Dois anos depois, a montadora italiana passou a usar sua própria marca até 1985, quando saiu do negócio de pesados.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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