Presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV), Sérgio Galbinski encaminhou ao governador Eduardo Leite e à ex-secretária de Planejamento, Leany Lemos, uma solicitação para que seja autorizada a abertura de lojas específicas para a venda de Dia dos Pais, que cai na próxima semana. No pedido, o empresário sugere a liberação do varejo de roupas e calçados masculinos mesmo nas cidades que estão com bandeira vermelha. Complementa propondo até a restrição de atendimento de um cliente para cada vendedor.
"O Dia dos Pais é uma das datas mais queridas dos gaúchos e também uma das melhores datas de vendas. De outra forma, as lojas ficarão com estoques de inverno que talvez sejam vendidos apenas no ano que vem", argumenta Galbinski no pedido ao governo.
A solicitação foi entregue nessa quinta-feira (30). O governo ainda não respondeu. A sugestão lembra o que ocorreu ainda na Páscoa, quando as lojas de chocolates foram autorizadas a abrir por alguns dias.
Tirando supermercados, farmácias e atividades como venda de materiais de construção, o comércio é o setor mais atingido pelas restrições na pandemia do coronavírus. Há uma preocupação grande com as lojas de confecções que são, na sua maioria, micro e pequenas empresas.
Ainda em conversa com a coluna, o presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo criticou a projeção feita pelo CEO do Grupo Iguatemi, Carlos Jereissati, em entrevista ao painel do Valor de que os shoppings atingirão até setembro 80% das vendas do período anterior à pandemia. Segundo Sérgio Galbinski, os lojistas afirmam que essa informação não se sustenta.
- Aqui no Rio Grande do Sul, quando as lojas estiveram abertas, venderam em média 30% do normal pois a retomada é lenta e gradual. É improvável que atinjam os 80% mencionados pelo gestor. Temos agora uma queda de oferta com lojas fechadas e, quando abrirmos em definitivo, teremos uma queda de demanda causada pelo desemprego e diminuição de renda causada pelo fechamento anterior da economia. O consumidor gaúcho vai sair desta pandemia com menor poder de compra e com uma mudança grande de hábitos.
Tirando isso, o líder varejista aqui do Estado aponta dois fatores que trazem otimismo para uma reabertura do comércio. Um deles são os dados de ocupação das UTI, que ele também monitora diariamente. Já o outro é a própria decisão do prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Junior, de liberar os jogos de futebol na Capital.
- Que seja o início da abertura também do comércio em Porto Alegre. É de se esperar já que vai liberar jogos de futebol que libere também, ao menos, o takeaway (pegue e leve) - finaliza Galbinski.
A coluna trouxe há duas semanas a informação de que era analisada a liberação de drive-thru e pegue e leve no comércio de Porto Alegre. No entanto, não houve avanço na medida.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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