Com mais de 40 anos de mercado, a rede de lojas Radan pediu recuperação judicial. A solicitação foi protocolada na Justiça de Novo Hamburgo, que já deu a autorização. A varejista de roupas, calçados e acessórios tem sede em São Leopoldo, também no Vale do Sinos. A empresa tem 12 filiais, que ficam em 10 cidades do Rio Grande do Sul. Além disso, também mantém uma loja virtual e operação financeira.
A dívida da Radan atinge R$ 25 milhões, com aproximadamente 370 credores, informa o administrador judicial Augusto Von Saltiél, do escritório Von Saltiél Administração Judicial, nomeado pela Justiça para o processo. No pedido, a empresa alegou que a pandemia aumentou o desemprego, diminuiu o consumo e atingiu diretamente o varejo. Além disso, citou a instabilidade agravada pela crise política e o fechamento das lojas com as medidas de restrição para conter o coronavírus.
Lembrando que a recuperação judicial substituiu a antiga concordata. Tem por objetivo dar um fôlego para a empresa negociar dívidas e manter a operação, suspendendo temporariamente cobranças e evitando a falência. Pelo rito processual, a empresa solicita autorização da Justiça. Após deferido o pedido, a companhia tem um prazo para apresentar um plano de recuperação judicial, que precisa ser aprovado pelos credores para então ser executado.
Impacto no varejo
Pesquisa divulgada pela coluna mostrou que quatro em cada 10 lojas de vestuário perderam mais de 50% da receita desde que começou a pandemia. A Sondagem de Segmentos para Vestuário é da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) e trouxe questões relacionadas ao coronavírus. Apontou ainda que 39% tiveram já de demitir funcionários durante a crise. Saiba mais: Quatro em cada 10 lojas de roupas perderam mais de 50% da receita e demitiram na pandemia
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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