Ainda em abril, a coluna conversou com o CEO da Usaflex, Sérgio Bocayuva, para saber como a gigante calçadista estava encarando a crise provocada pela pandemia que, na época, tinha pouco mais de um mês de duração. Na época, ele já projetava uma queda de 40% nas vendas em 2020 e fez uma redução de 25% no quadro de funcionários, o que resultou na demissão de 800 pessoas. No entanto, a boa notícia é que o empresário diz que a empresa está melhor do que o esperado. O cenário traçado não foi tão ruim.
- Estamos melhor do que planejamos, mas tínhamos sido mesmo bastante conservadores. Digo sempre que precisamos ter três letras: SAP. Significa sabedoria, agilidade e protagonismo.
A empresa pretende recontratar boa parte dos funcionários. O mercado do Sudeste concentra 70% das vendas da Usaflex, que tem sede em Igrejinha. Caso ele reaja bem e rapidamente, metade dos trabalhadores já será chamada em setembro.
- Para o último trimestre, de qualquer forma, terei que recontratar - diz o executivo, que lá em abril já planejava chamar de volta os funcionários. Na época, lamentou bastante a redução do quadro, deu um suporte para os demitidos e disse que precisou tomar a decisão para preservar o restante da empresa e dos empregos.
Além de indústria de calçados, a Usaflex atua no varejo com franquias e também em lojas multimarcas. Mas a aposta é no que chama de "monomarca". Dessas, já são 226 unidades e a meta, já ajustada com o coronavírus, é chegar a 400 em 2023.
Aliás, ao falar com a coluna em abril, o executivo projetou que haveria um retorno das medidas de isolamento em junho.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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