A Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo colocou na rua - no caso, na internet - na última semana uma pesquisa sobre vendas após a flexibilização. Entre várias perguntas, a AGV antecipou algumas para a coluna. Elas incluem uma perspectiva para a venda de Dia dos Namorados, agora em junho.
Lembrando que o Dia das Mães, segunda principal data para o varejo no ano, foi ainda em uma fase de restrições fortes da pandemia do coronavírus. Em especial, em Porto Alegre. Os shoppings, por exemplo, tiveram a reabertura da maioria das lojas autorizada há pouco mais de uma semana.
- A diferença entre lojas de rua e de shopping é brutal. Na rua, os clientes podem estacionar na frente, entrar, comprar e sair. No shopping, o tempo de permanência é mais longo e as pessoas não estão indo mais para passear. A taxa de conversão aumentou. Quem vem, compra e pronto. Rápido, sem muito bate papo - comenta o presidente da AGV, Sérgio Galbinski, também lojista de shopping, onde tem a Casa Louro.
Lojistas de rua: qual a sua variação de vendas desde a reabertura?
28,2%: -40%
22,6%: -60%
20,8%: -80%
18,9%: -20%
5,7%: +20%
3,8%: 0%
Lojistas de shopping: qual a sua variação de vendas desde a reabertura?
54,4%: -80%
22,1%: -60%
10,4%: -40%
5,2%: -20%
2,6%: 0%
2,6%: +20%
1,3%: +10%
1,3% : -100%
E aqui, uma pergunta solicitada pela coluna para inclusão na pesquisa. Chama a atenção que é o mesmo percentual de lojistas que dizem que conseguem sobreviver apenas um mês com o atual patamar de vendas do que daqueles que não preveem fechar o negócio.
Quanto tempo você consegue manter a loja aberta com o consumo nos níveis atuais?
24,3%: não vou precisar fechar
24,3%: 1 mês
18,7%: 2 meses
16,8%: 3 meses
8,4%: 4 meses
5,6%: 6 meses
1,9%: um ano
No espaço aberto pela AGV para comentários, as opiniões são diversas. Veja:
"Quando da reabertura, houve um incremento de vendas. Parecia represado."
"Muito aquém da expectativa. Cidades como a nossa têm dificuldade de venda pela internet. População idosa."
Dia dos Namorados
A pesquisa também perguntou sobre a expectativa de vendas para o Dia dos Namorados. Cerca de 45% dos entrevistados disseram não ter grandes perspectivas. Outros 36% acreditam que não será suficiente para reverter a situação. Essas foram as respostas mais citadas. Com a renda do consumidor afetada pela crise, não surpreende que os lojistas estejam apostando na venda de itens de necessidade básica como presentes para a data.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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