Após mais uma queda na gasolina comum, o Rio Grande do Sul está com o preço médio mais baixo desde novembro de 2017. A última pesquisa semanal da Agência Nacional do Petróleo (ANP) trouxe o litro custando R$ 4,16. Na semana anterior, estava em R$ 4,20 e, há um mês, em R$ 4,45.
Lembrando que o preço mais alto foi em outubro de 2018, quando a alta forte do petróleo levou a gasolina a custar R$ 4,95, em média, aqui no Rio Grande do Sul. E, agora, é também a cotação da commodity que faz o preço da gasolina cair, mesmo com o dólar alto. Com a desaceleração da economia global e disputa entre países produtores, o tombo no preço internacional do petróleo abriu espaço para a redução dos preços dos combustíveis nas refinarias, onde os valores são definidos pela Petrobras. E a estatal tem feito fortes cortes nos preços, sendo que o último foi na semana passada.
No final de semana anterior a essa, 23 países fizeram um acordo para reduzir a produção e tentar segurar os preços. Mas não foi suficiente, já que as estimativas de queda no consumo mundial são mais intensas. Enquanto isso, a cotação segue em queda livre. O barril é cotado abaixo de US$ 15, no menor nível desde março de 1999.
Voltando à pesquisa da ANP nos postos, os preços encontrados no Rio Grande do Sul variam de R$ 3,59 a R$ 4,99. O menor, em Novo Hamburgo, e o maior, em Bagé.
Em Porto Alegre, o preço médio também cai. Na última pesquisa, ficou em R$ 4, com postos cobrando de R$ 3,85 a R$ 4,26.
Ainda há espaço para novos cortes. O consumo caiu e, como petróleo recuando desse jeito, a Petrobras deve anunciar novas reduções nas refinarias. Além disso, a Receita Estadual reduziu o preço sobre o qual calcula os 30% do ICMS da gasolina, mas, sempre com um atraso, está em R$ 4,42 e terá que cair mais. O governo gaúcho usa uma média de notas fiscais de postos que é semelhante à ANP.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Siga Giane Guerra no Facebook
Leia aqui outras notícias da colunista