O preço da gasolina segue em queda e atingiu uma média de R$ 4,38 nos postos do Rio Grande do Sul. É o menor valor desde outubro de 2019, lembrando que o pico mais alto, de R$ 4,95, foi atingido um ano antes, em outubro de 2018.
A pesquisa é da Agência Nacional do Petróleo e encontrou o preço mais baixo em Passo Fundo, com um posto vendendo a gasolina a R$ 3,69. O valor mais alto ainda é verificado em Bagé, com R$ 5,20.
Com a desaceleração da economia global e disputa entre países produtores, o tombo na cotação do petróleo abriu espaço para a redução dos preços dos combustíveis nas refinarias, onde os valores são definidos pela Petrobras. E a estatal tem feito fortes cortes nos preços.
Aliás, há espaço para novos cortes, avisa o economista João Fernandes, da Quantitas Asset. Ele cruza os valores da Petrobras com o preço da gasolina cobrado no exterior para projetar as variações futuras. Segundo Fernandes, há espaço para uma redução de 25% ainda nas refinarias.
- Essa é a defasagem com os preços atuais, mas importante ponderar que a volatilidade no preço do petróleo está grande. Então, esse número pode mudar rapidamente, dependendo, por exemplo, das notícias sobre a disputa entre Rússia e Arábia Saudita.
Quando há oscilação, a Petrobras espera um prazo maior para definir ajustes nos preços. Também faz cortes relativamente menores. O economista acredita em reduções entre -5% e -10% enquanto a volatilidade estiver alta.
A definição de preços é livre nas distribuidoras e também nos postos de combustíveis. No entanto, pela dimensão nos cortes, esse repasse tende a ocorrer significativamente para as bombas. A Petrobras também considera o câmbio nos ajustes de preço, mas o dólar tem subido com intensidade menor do que a queda do petróleo.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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