Fabricante de calçados, a Piccadilly informou que as unidades de Rolante, Teutônia e Igrejinha seguem operando e que empregam mais de 2 mil funcionários. A informação foi repassada à coluna em nova nota enviada pela empresa após a notícia sobre o fechamento da fábrica da marca em Santo Antônio da Patrulha.
Além do encerramento das atividades da unidade de Santo Antônio da Patrulha, a fábrica de Igrejinha também sofreu uma redução na operação. Isso porque o setor de costuras foi fechado, mas o restante da unidade mantém a produção. Não foi informado o número de demissões com o ajuste feito pela empresa na estrutura do negócio, mas eles receberão cestas básicas por três meses.
Em nota ainda nessa segunda-feira. a Piccadilly dizia lamentar a medida, mas reforçou que a crise sanitária provocada pela pandemia foi "implacável". A decisão foi necessária para a sustentabilidade da empresa, afirmou.
"A Piccadilly sente muito pelo ocorrido e reforça que a maior crise sanitária mundial dos últimos tempos foi implacável, mas que esta é hora de darmos as mãos, nos reinventarmos e mantermos nossa empresa forte.
Apesar do ocorrido, a Piccadilly esclarece que as unidades de Rolante, Teutônia e Igrejinha seguem com funcionamento normal, com mais de 2 mil colaboradores ativos", diz trecho da nota.
Crise na indústria calçadista
Desde março, a coluna vem noticiando que a indústria calçadista tem sofrido muito o impacto da crise causada pelo coronavírus. Na semana do dia 20 de abril, uma atualização da Federação Democrática dos Sapateiros do Rio Grande do Sul já contabilizava 4,5 mil demissões nas indústrias de calçados, mas o número já subiu desde então e passou 5 mil postos de trabalho extintos.
A Paquetá, por exemplo, fechou sua fábrica de Teutônia na sexta-feira (24). Segundo a fabricante e varejista do setor de calçados, a produção do local foi redirecionada para outras unidades para redução de custos. Saiba mais: Paquetá fecha fábrica, mas nega falência e segue operando nas outras unidades
Outro exemplo é a Calçados Beira Rio, que dispensou 1,5 mil trabalhadores. Em nota, a empresa informou ter distribuído os cortes entre as 10 unidades fabris. Segundo a calçadista, a medida foi tomada para reduzir o impacto nas cidades.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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