Uma empresa gaúcha conseguiu recuperar todas as perdas registradas pelas suas ações na bolsa de valores de São Paulo, a B3. É a SLC Agrícola, empresa do agronegócio e que já tem um valor de mercado maior do que antes dos sucessivos tombos recentes no mercado financeiro brasileiro, que acabaram afetando também os papéis das companhias de capital aberto com sede em Porto Alegre.
O monitoramento é do analista de mercado Wagner Salaverry, da Quantitas Asset. Ele compara o fechamento do dia 6 de março, um dia antes do primeiro circuit breaker que suspendeu negociações na bolsa, com o valor negociado no final do pregão dessa quinta-feira (26).
Em seis de março, a ação da SLC valia R$ 21,25. Ontem fechou o pregão em R$ 22,28. Ou seja, uma alta de 4,85% no período. O Ibovespa acumula perda de 20,7%.
- A empresa tem receitas em dólar, passando sem crise na agricultura. Trabalha com algodão, soja e milho, que têm demanda firme pela produção - avalia Wagner Salaverry.
Considerando este período, todas as demais empresas gaúchas perderam valor de mercado. As maiores quedas são da Marcopolo (-44,35%) e da Randon (-38,44%).
Já quando é considerado todo 2020, o destaque é da Dimed, distribuidora de medicamentos e dona da Panvel, que fez recentemente um desdobramento de ações para dar mais liquidez aos papéis. A valorização fica em 21,12% e é a única positiva de janeiro para cá. O preço da ação passou de R$ 19,63 para R$ 23,78.
O pior resultado é da Randon, com recuo de 55,9% no preço da ação até ontem. O Ibovespa no período acumula perda de 32,8%, mesmo que tenha fechado com alta forte nos últimos três dias.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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