A Tramontina também vai parar as atividades a partir da próxima segunda-feira (23), assim como várias outras empresas que querem combater e também sentem os efeitos do coronavírus no seu negócio. A medida é para tentar conter a disseminação da doença e vale por 15 dias. Nesse período, será feita a flexibilização da jornada de trabalho, conforme um acordo feito entre o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e o Sindicato dos Trabalhadores, e o funcionário vai receber metade do seu salário. Se a empresa achar necessário parar por mais tempo, anunciará férias coletivas por mais 15 dias.
- A Tramontina vem acompanhando o que tem acontecido ao longo das semanas. Tivemos alguns cancelamentos, algumas dificuldades de carregamento para alguns países. Contatamos nossos principais clientes, sentimos como está a situação. Todos nossos principais clientes entenderam a situação. Vamos embarcar aquilo que está pronto, aquilo que for possível carregar - explica o diretor industrial da Tramontina, José Paulo Medeiros.
No Rio Grande do Sul, a empresa tem fábricas e unidades em Carlos Barbosa, Garibaldi, Farroupilha, Canoas e Encruzilhada do Sul. Conta ainda com duas operações no nordeste do país. A medida vale também para todas as lojas. A equipe administrativa continuará trabalhando na opção de home office. Ao todo, são 6.424 funcionários envolvidos na decisão. Só na Serra, são mais de 5,8 mil.
- A nossa preocupação, em um primeiro momento, é em relação à saúde e à segurança do trabalhador, que está muito preocupado. Com escolas e creches parando, tudo isso criou um cenário de muita preocupação. Assim, nosso funcionário vai poder ficar em casa e ajudar na contenção novo vírus - comenta Medeiros.
Apesar da medida já valer a partir da segunda, a empresa ainda vai receber os funcionários no dia. O motivo é nobre, já que eles receberão a vacina tetravalente contra a gripe provocada por outros vírus.
- Organizamos para que eles venham em grupos pequenos e isso não cause aglomerações. Eles recebem a vacina e vão para casa. É para acontecer tudo de maneira organizada - explica Rosane Mesturini Fantinelli, gerente de marketing da empresa.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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