Após ter antecipado a parada da produção, a General Motors (GM) acertou com o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí a suspensão do contrato de trabalho dos funcionários. Será por até quatro meses, mas esse prazo não está definido e será reavaliado, explica o presidente do sindicato, Valcir Ascari.
A medida foi aceita por meio de convenção coletiva. Portanto, haverá o pagamento de bolsa qualificação pelo governo federal. Ela funciona de forma semelhante ao seguro-desemprego, mas não é a mesma coisa porque não é caso de demissão do trabalhador.
Além dos funcionários da montadora, a suspensão do contrato de trabalho atinge os trabalhadores das sistemistas, que são as fornecedoras da GM que ficam dentro do complexo de Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre. Com isso, são cerca de 6 mil pessoas englobadas pelo acordo, diz o sindicato.
Confira na íntegra nota enviada pela GM após a publicação da coluna:
"A GM vem tomando medidas que visam proteger a saúde dos colaboradores em meio à pandemia de Covid-19, ao mesmo tempo em que busca alternativas para garantir o futuro do negócio. Neste sentido, foram implementadas medidas como banco de horas, férias coletivas, planos de redução de custos e, inclusive, adiamento de investimentos. Entretanto, neste momento de crise sem precedentes que o Brasil e o mundo enfrentam e, num esforço para manter os empregos, a empresa está discutindo com os sindicatos outras medidas, que incluem lay-off e redução de jornada, ambas com impacto de redução salarial.
Importante ressaltar que essas medidas são emergenciais e temporárias, tendo como objetivo a preservação dos empregos, contribuindo com os esforços do governo federal e governos estaduais e municipais.
Continuaremos a acompanhar a evolução do cenário e estaremos prontos para retomar as atividades assim que for possível."
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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