A taxa de desemprego do Rio Grande do Sul teve um recuo importante no final de 2019, quando ficou em 7,1%. No trimestre imediatamente anterior, estava em 8,8%. Já no período de outubro a dezembro de 2018, estava em 7,4%. Ou seja, caiu nas duas comparações.
A pesquisa do IBGE também estima o número de pessoas. Segundo o levantamento divulgado nesta sexta-feira (14), o ano passado fechou com 441 mil desempregados no Rio Grande do Sul. São 99 mil a menos do que no terceiro trimestre e 7 mil a menos do que no final de 2018.
Outra boa notícia é que a taxa caiu porque foram criados postos de trabalho. Foram 159 mil vagas novas, para ser bem exata. Parece lógico, mas há ocasiões em que o desemprego recua porque pessoas desistem de procurar, o que reduz a base de cálculo, provocando também uma redução no índice de desemprego. Mas não foi o caso e é um ótimo sinal.
Considerando a taxa média do ano, 2019 fechou com desemprego em 8% no Rio Grande do Sul. Mesmo que pequena, houve uma queda em relação a 2018, quando foi de 8,1%. Com isso, o Estado dividiu com Mato Grosso e Mato Grosso do Sul a segunda posição no ranking nacional de menores índices. A taxa mais baixa ficou, novamente, com Santa Catarina, que teve um desemprego de 6,1%.
Variáveis importantes
No último trimestre, houve aumento de empregos com carteira assinada. A elevação, no entanto, foi menor do que a verificada nos postos de trabalho sem carteira no setor privado.
No ano, no entanto, caiu a informalidade no Rio Grande do Sul, o que vinha crescendo durante a crise econômica. A chamada taxa de informalidade da população ocupada recuou de 34,2% para 34%, segundo o IBGE.
Aumentou ainda o número de empregadores, com e sem CNPJ. Destaque também, e novamente, para o aumento no número de trabalhadores por conta própria, o que cresceu bastante com o encolhimento no mercado de trabalho tradicional durante a crise econômica. Surgiu o chamado empreendedorismo por necessidade, que aparece também, por exemplo, nos registros recordes de Microempreendedores Individuais (MEI).
Considerando as atividades econômicas, o último trimestre se destacou pelo aumento de empregos em todos os segmentos. O mais intenso foi identificado no comércio, já que é um período de Black Friday e Natal, com a criação de 40 mil postos de trabalho. Em seguida, apareceu a indústria, com 35 mil vagas novas na comparação com o trimestre anterior.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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