Bolsa de valores brasileira, a B3 abriu o primeiro dia útil do ano anunciando vantagens para o pequeno investidor. A empresa vai zerar a taxa mensal de manutenção de conta, que hoje chega a cerca de R$ 110 ao ano. A tarifa cobrada na negociação de ações também vai cair cerca de 10% para o chamado investidor de varejo. Além disso, clientes que tiverem até R$ 20 mil de saldo em custódia em uma mesma corretora serão isentos das demais taxas de manutenção de conta.
As mudanças devem ser implementadas ao longo de 2020. Elas atingem 65% da base de investidores pessoa física que têm saldo em contas de renda variável na B3.
Em meio a uma onda de otimismo no mercado financeiro e recordes sucessivos na B3, a medida visa ampliar a presença de pessoas físicas investindo em ações de empresas. Junto a isso, temos a redução da taxa de juro Selic, que comeu rentabilidade da renda fixa e está deixando investidores inquietos em busca de melhores retornos.
Sócio da gestora de fundos Quantitas, Wagner Salaverry avalia que a B3 está reagindo à pressão de potencial concorrência. E isso tende a aumentar:
— Desde que uma decisão recente de arbitragem entre ela e a ATS determinou condições de preços mais baixos para a concorrente, as ações da B3 caíram bem. As medidas são boas para incentivar os pequenos investidores e o mercado de ações, mas creio que a B3 está reagindo a uma pressão que só tende a aumentar sobre as receitas e tarifas caras dela.
Sobre bons investimentos para 2020, ouça aqui o programa Acerto de Contas (domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha):
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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