Com promessas de descontos até superiores a 90%, os maiores bancos brasileiros iniciam nesta segunda-feira (2) um programa de renegociação de dívidas. É uma parceria entre Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e o Banco Central. A escolha da data, claro, não é coinciência. Muitos trabalhadores receberam a primeira parcela do 13º salário na última sexta-feira (29).
A ação, batizada de Semana de Negociação e Orientação Financeira, será realizada até sexta-feira (6). Nas capitais, esses bancos terão agências com horário de funcionamento estendido até as 20h.
Como a coluna está sempre preocupada com as finanças pessoais dos leitores, selecionou algumas orientações importantes na hora de negociar com bancos. Mesmo que as instituições estejam prometendo boas condições para a quitação dos débitos, considere seguir algumas dicas:
Seis mandamentos na hora de negociar com bancos
1 - Mapeie suas dívidas: organize de uma forma que você consiga visualizar quanto deve, para quem deve e, principalmente, quais são as dívidas mais caras, ou seja, que tenham taxas maiores. Essas devem ser quitadas primeiro. Em geral, são do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito.
2 - Seja realista: não adianta renegociar e chegar em uma proposta que, depois, você não poderá cumprir. A dívida continuará rolando e, daqui a alguns meses, você estará no mesmo lugar, tentando renegociar novamente os valores.
3 - Cuidado com suspensão e alongamento da dívida: os bancos não detalharam suas propostas, mas a coluna viu que alguns irão propor suspensão e alongamento do parcelamento. Cuidado com isso, já que pode aumentar o tempo em que o valor irá ter a incidência de juro, elevando o montante final do endividamento.
4 - Analise a portabilidade: considere levar sua dívida para outro banco. Para isso, peça propostas para instituições financeiras concorrentes e compare taxas. É possível que você consiga condições melhores de pagamento.
5 - Anote protocolos e dados do atendente: essas informações poderão ser úteis, caso os termos da negociação não seja cumpridos pelo banco no futuro.
6 - Leia o contrato: precisa explicar? Leia tudo e pergunte o que não entendeu. Inclusive, as letras miúdas. Caso sua negociação vá parar na Justiça, fica mais difícil ter uma decisão favorável se você assinou algo, mesmo sem ter lido.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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