A alta do dólar comercial tem reflexo praticamente imediato nas casas de câmbio. Em Porto Alegre, há estabelecimentos com a cotação já batendo R$ 4,71, considerando a moeda no cartão pré-pago com cobrança de 6,38% de cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O preço mais baixo encontrado pela coluna Acerto de Contas foi R$ 4,39 para compra de dólar turismo em espécie. Nesse caso, a alíquota do IOF é de 1,10%.
As simulações foram feitas para a compra de US$ 100, com pagamento à vista. Quando a quantia é maior, como US$ 500 ou US$ 1 mil, as casas de câmbio costumam praticar cotações menores.
Além disso, a coluna não considerou o frete para entrega do dinheiro, no caso de dólar em espécie. A entrega pode chegar a custar R$ 50, considerando as sete casas de câmbio consultadas pelo site Supercâmbio.
Em trajetória de alta desde a frustração com o leilão do pré-sal há duas semanas, o dólar comercial fechou nessa segunda-feira (18) vendido a R$ 4,2070. Foi a maior cotação desde o início do Plano Real, em 1994. Havia a expectativa de uma injeção de dólares com a disputa, aumentando a oferta da moeda no mercado brasileiro.
Na manhã desta terça-feira, o dólar segue com pressão de alta. A cotação do final da manhã estava em R$ 4,21. Há receio ainda por parte dos investidores em relação à guerra comercial entre Estados Unidos e China, já que a negociação entre as duas maiores economias do mundo se arrasta há meses. E, sinceramente, está ainda mais difícil do que o normal fazer qualquer projeção para o câmbio.
Sobre os impactos, leia: Da gasolina ao pão nosso de cada dia, veja o que está refletindo a alta do dólar
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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