O preço do petróleo voltou a cair nesta quarta-feira (18) após o governo da Arábia Saudita afirmar que metade da produção interrompida por um ataque no fim de semana já havia sido restaurada. Já havia recuado nessa terça quando a projeção de restabelecimento tinha ficado em "semanas".
O petróleo Brent, referência internacional, caiu 85 centavos para US$ 63,70 por barril. Lembrando que chegou a passar de US$ 70 no mercado futuro com o susto de um possível forte abalo na produção mundial. Químico industrial e especialista em petróleo e gás, Marcelo Gauto afirma que o patamar era um exagero:
— Já US$ 65, nesta situação, é um preço aceitável. Mas nada impede que, em breve, voltemos para US$ 60.
Gauto observa que o ataque abre espaço para especulações sobre o risco da região. Isso gera impacto em custos, como de seguros e fretes.
— Algo simples e barato, como drones, pode fazer um grande estrago em uma importante região produtora de petróleo — detalha o químico.
Importante observar ainda que, em breve, os Estados Unidos estão entrando no inverno. O país sempre se prepara com grandes reservas, mas costuma haver um aumento da demanda mundial, o que tende a pressionar os preços para cima.
Enquanto isso, a Petrobras segue na posição de não passar de imediato o aumento do petróleo para os preços dos combustíveis nas refinarias. Fontes do setor estimam que a estatal conseguiria fazer isso por uma semana antes de começar a pressão forte do mercado para o repasse, o que impactaria no consumidor e, portanto, na inflação.
Nos postos de Porto Alegre, não foi identificada elevação. A Agência Nacional do Petróleo divulgou comunicado avisando que, mesmo que o mercado não tenha tabelamento de preços, irá fiscalizar elevações abusivas.
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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