Ao que tudo indica, a marca Walmart deve deixar de ser usada no Brasil. Fontes do setor acreditam que uma decisão deve ser oficializada em breve pelo Advent, fundo de investimentos que comprou a operação brasileira da rede norte-americana há pouco mais de um ano e que também é dono da Quero-Quero, rede gaúcha de materiais de construção.
No Rio Grande do Sul, o Walmart era dono de bandeiras como BIG e Nacional. No entanto, está no meio de um processo de transformação, que até desacelerou após a aquisição. As lojas estavam sendo reformadas e mudando para o conceito e marca usados nos Estados Unidos.
Quando ocorreu a compra pelo Advent, já tinham sido transformadas sete lojas. O Walmart também tem lojas Maxxi, Sam´s Clube e TodoDia no Rio Grande do Sul. No Estado, além da mudança nas bandeiras das lojas, o Walmart fechou mais de dez unidades nos últimos anos.
O processo de repaginação dos supermercados começou em 2016. Em 2017, o investimento foi de R$ 55 milhões. Hipermercados BIG viraram Walmart. A mudança também chegou à bandeira Nacional, com lojas que passaram a se chamar Walmart Supermercados.
Na ocasião do anúncio da estratégia, o Walmart disse que investiria R$ 1 bilhão no país em três anos. A empresa chegou no Brasil em 1995, comprando marcas regionais.
Pela força no mercado gaúcho, é possível que as marcas BIG e Nacional continuem. A coluna Acerto de Contas pediu e aguarda um posicionamento da empresa sobre o assunto.
Online
Em maio, o Walmart anunciou a interrupção do seu serviço de vendas online no Brasil. A companhia deixou de operar pelo e-commerce, que desde 2017 funcionava como marketplace, que é um canal de venda de mercadorias de outros varejistas.
Em nota divulgada à imprensa, a companhia afirmou que "será descontinuada a operação de marketplace, que hoje representa uma parcela mínima das vendas totais da companhia". Além disso, a marca manterá "seu foco no atacado, clube de compras e no varejo físico, segmentos em que o Walmart Brasil enxerga enorme potencial de crescimento".