A indústria do Rio Grande do Sul aumentou a produção novamente. O avanço de abril sobre março, com ajuste sazonal, foi de 2,3%. Foi o segundo crescimento consecutivo, conforme a pesquisa do IBGE.
O setor atingiu no mês um patamar de 98,6 pontos. É o maior nível desde setembro de 2018, quando ficou em 99 pontos. Para o mês de abril, é o melhor resultado desde 2014.
Rio Grande do Sul (6,2%) e Paraná (6,2%) apontaram os avanços mais elevados do país no acumulado no ano, enquanto a média nacional teve recuo de 2,7%. No caso gaúcho, o impulso veio, principalmente, das atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias e produtos de metal. Importante lembrar que são setores que sentiram com força o impacto da crise econômica.
Já no Paraná, destaque positivo para alimentícios, veículos automotores, reboques e carrocerias e máquinas e equipamentos, com o IBGE destacando a fabricação de máquinas para colheita. Santa Catarina (3,0%) e Ceará (1,8%) também mostraram taxas positivas no acumulado no ano.
Puxando a economia gaúcha
A indústria tem sido o diferencial do Rio Grande do Sul na comparação com a média nacional. É o setor que vem sustentando o resultado positivo. No caso do comércio, o desempenho gaúcho também é melhor, mesmo que ainda fraco. Já os serviços têm se saído pior no Rio Grande do Sul.
Enquanto a economia brasileira apresenta indicadores negativos, os recortes do Rio Grande do Sul apontam crescimento na pesquisa do Banco Central. A autoridade monetária calcula o Índice de Atividade Econômica Regional - Rio Grande do Sul (IBCRRS), que cresceu 0,5% no primeiro trimestre de 2019, na comparação com os últimos três meses de 2018. Na mesma base, o indicador brasileiro (IBC-Br) teve queda de 0,68%.
A indústria do Rio Grande do Sul mostra há um bom tempo desempenho melhor. Aqui, o setor automotivo tem sido destaque com a produção de caminhões e carrocerias. Enquanto isso, a média nacional sofre com o mau desempenho do parque industrial de São Paulo, que aumentou a produção em 2,4% em abril, mas ainda acumula queda de 2,6% em 2019.
O IBC-Br e o IBCRRS de abril serão divulgados pelos próximos dias pelo Banco Central. O cálculo é feito após o encerramento das apresentações dos dados setoriais pelo IBGE.