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Foi ao se deparar com milhares de processos na sua mesa que o gaúcho Klaus Riffel resolveu criar a DOC9, uma startup na época. A empresa de logística jurídica agora anunciou a fusão com um concorrente, conforme antecipou o programa Acerto de Contas (domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha). Segundo o fundador, a especialidade é realizar "diligências chatinhas" dos processos judiciais. Significa fazer serviços jurídicos diretamente nos fóruns, sendo acionada por empresas e escritórios de advocacia para demandas burocráticas. Atua em audiências, cópias de processos, cálculos judiciais e protocolos, por exemplo.
Usando o termo técnico do segmento, a "lawtech" teve crescimento de 30% em 2018. Para 2019, a meta elevar vendas em 65%. Em termos de volume, isso representará 800 mil atos jurídicos realizados em um ano.
— A DOC9 foi criada para resolver um problema que os escritórios de advocacia e os setores jurídicos de empresas tinham de gerenciar uma rede grande de parceiros correspondentes. Os escritórios, muitas vezes, têm processos espalhados por uma região ou mesmo pelo Brasil inteiro. E, às vezes, não têm condições de mandar profissionais para essa localidades para realizar as diligências — explica Riffel, CEO da DOC9.
Criada há dez anos, a empresa passou por dois programas de aceleração da Endeavor. Inclusive, se compara à plataforma da Uber, mas com algumas diferenças:
— Na Uber, a plataforma só aproxima o motorista da pessoa que está solicitando o serviço. Na DOC9, além de aproximar e ver quem vai fazer aquela diligência, a gente também estrutura e é responsável por toda a produção. Também temos um aplicativo que avaliamos se o parceiro está realmente realizando o ato, através de geolocalização. Temos uma série de funcionalidades que fazem a gente ter mais responsabilidade do que a Uber — destaca.
Os serviços são contratados via plataforma web. Todas as comarcas do Brasil estão inseridas na rede da DOC9. Com o crescimento do mercado, Riffel resolveu se aproximar de outras empresas do ramo. Foi assim que surgiu a fusão com a LinkJur, também gaúcha.
— Como entendíamos que já estávamos maduros, resolvemos fazer essa proximidade com outras empresas do mercado para ver se conseguíamos trocar "figurinhas". Desta primeira aproximação, tivemos uma sinergia muito grande com a LinkJur e resolvemos unir forças — afirma.
Hoje, com a fusão, a DOC9 conta com cerca de 150 funcionários. No ano passado, a empresa figurou entre as melhores pequenas empresas para se trabalhar no Rio Grande do Sul, na categoria Pequenas Empresas. E, neste ano, está entre as 100 melhores do país.
— O que a gente quer, no final das contas, é trazer comodidade, tranquilidade e facilidade. E tudo isso atrelado a um serviço de segurança, fazendo aquilo que é "chatinho" e que, muitas vezes, não é o foco principal dos escritórios — finaliza.
Saiba mais no programa Acerto de Contas. Domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha. Ouça aqui: