O nome da campanha pode dar a entender isso, mas o Dia da Liberdade de Impostos não quer acabar com os tributos. A colunista já imaginava isso, mas fez a pergunta ao arquiteto Fernando Bertuol, criador da Associação da Classe Média (Aclame), uma das entidades que organiza a ação e que voltou à ativa após alguns anos parada. Foi fundada inicialmente em 1999.
A campanha está marcada para esta quinta-feira (30). A ideia é conscientizar as pessoas sobre a alta carga tributária. A data é escolhida a partir de um cálculo médio do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário de que o brasileiro gasta cerca de 40% do que ganha em impostos e taxas, diretos e embutidos nos produtos e serviços. Então, em tese, a partir do Dia da Liberdade de Impostos, o trabalhador estaria realmente desfrutando do que recebe.
Bertuol concorda que é preciso pagar tributos. No entanto, ao ser questionado, disse que a carga tributária deveria girar em torno de 20%. Mas o mais importante: o cidadão deve ter o retorno desse imposto pago.
Realmente, é complicado convencer o cidadão da justiça do tributo ou até de uma elevação de imposto para equilibrar déficits eternos das contas públicas. Logo em seguida no noticiário, ele se depara com informações de corrupção e desvio de dinheiro público. Sem falar em ter de pagar - e muito - por segurança, educação, saúde e ainda trocar sucessivos pneus furados em buracos na estrada.
A campanha publicitária do Dia da Liberdade de Impostos no Rio Grande do Sul traz alguns exemplos. O almoço em restaurante que poderia custar R$ 20,30, mas sobe para R$ 30 com os tributos. A conta de água, que poderia custar R$ 70,17, mas fica em R$ 100.
A ação está na 15ª edição no Rio Grande do Sul. Neste ano, terá apenas venda de gasolina sem tributos. A coluna Acerto de Contas vem divulgando quais são os 27 estabelecimentos que participarão da campanha, vendendo o combustível a R$ 2,50. Confira: Aumenta o número de postos do RS que venderão gasolina a R$ 2,50 na próxima semana; veja os endereços