Uma mistura de resort com condomínio e piscina de ondas, batizada de Surfland, será construída em Garopaba com um investimento que deve chegar a R$ 250 milhões. Por ser uma praia de Santa Catarina muito procurada por turistas do Rio Grande do Sul, a escolha do local pelo grupo de investidores tem por objetivo atrair ainda mais os gaúchos.
O empreendimento já tem as licenças ambientais, garante o diretor comercial do Surfland Brasil, Luciano Faraco, que é gaúcho. Também obteve o alvará da prefeitura e o registro de incorporação do cartório, o que faltava para iniciar a comercialização. As obras começarão em até quatro meses e o plano é terminar o complexo em 42 meses.
A obra vai gerar, em média, 200 empregos por mês. No pico, serão 1,5 mil trabalhadores no parque. Já na operação, estima-se entre 200 e 240 postos de trabalho.
O parque foi pensado tendo o meio ambiente como foco, enfatiza Faraco. Os telhados são verdes, com cobertura de plantas. Haverá placas para aquecimento solar e captação de água da chuva.
— É muito mais que uma onda. É um estilo de vida. É uma segunda moradia compartilhada. A onda é apenas a ancoragem de tudo — fala André Giesta, que é carioca, morador de Garopaba há mais de uma década, fundador da Giesta Empreendimentos Imobiliários e sócio da Surfland Brasil.
O parque tem 464 mil metros quadrados, sendo que 300 mil são de área preservada. O complexo terá três restaurantes, pista de corrida, academia, espaço de meditação, entre outras áreas. Mas a piscina de ondas é o grande atrativo. Com 25 mil metros quadrados, a estrutura terá capacidade para 900 ondas por hora alcançando até 1,90 metro. A tecnologia é da empresa Wavegarden, que tem sede na Espanha.
A coluna Acerto de Contas questionou sobre o que levou a construir uma piscina de ondas tão próxima do mar de Garopaba. O diretor Luciano Faraco respondeu:
— A Surfland é muito mais. É um paraíso do surfe que fica em um vale muito bonito. Não concorre com as praias. Os idealizadores do projeto são surfistas e entendemos a busca da onda perfeita. As pessoas poderão pegar onda na Surfland, depois ir até o Rosa, até a Ferrugem, jantar no centro de Garopaba. São complementares.
A parte de condomínio será vendida no conceito de multipropriedade, que teve lei sancionada em 2018 e começa a ganhar espaço no mercado imobiliário. Cada dono terá direito a usar o apartamento, de 45 metros quadrados, por 14 dias no ano. Se quiser, pode emprestar ou alugar. Os preços partem de R$ 85 mil. No total, serão sete prédios com nomes de praias em Garopaba: Ferrugem, Rosa, Vermelha, Silveira, Siriú, Ouvidor e Barra.
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