O impacto do aumento dos medicamentos tende a ser maior na inflação da Região Metropolitana de Porto Alegre do que na média nacional. O preço dos remédios pode subir até 4,33% a partir desta segunda-feira (1º). O cálculo de reflexo nos índices foi feito pelo economista-chefe da CDL Porto Alegre, Oscar Frank, e enviado para a coluna Acerto de Contas.
Partindo da ideia de que todo o percentual autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos seja repassado para os produtos ao longo de 2019, haveria um impacto de aproximadamente 0,15 ponto percentual sobre o grupo Produtos Farmacêuticos do IPCA do Brasil, que é a inflação oficial do país. No caso da Região Metropolitana de Porto Alegre, o impacto seria ainda maior, de 0,16 ponto percentual. Esses itens pesam mais no orçamento dos gaúchos e, portanto, também no cálculo do IBGE.
— Por conta do maior peso desse grupamento para os gaúchos. Acredito que parte da diferença possa ser explicada pela estrutura demográfica do Rio Grande do Sul, em função da maior presença de idosos no total da população do Estado — analisa Oscar Frank.
Importante lembrar que cada empresa define o quanto do aumento permitido irá repassar para os preços de cada produto, conforme condições de mercado. Além disso, o reajuste não se concentram em abril, pois os estabelecimentos trabalham com estoques. A rede de Farmácias São João está, inclusive, anunciando que o adiamento do repasse para a metade do mês.