A General Motors vai parar a produção no complexo de Gravataí a partir de segunda-feira (18) e retomará a fabricação de veículos em 11 de março. Será mais uma pausa para ajustes, o que já tinha ocorrido no ano passado. O objetivo é preparar a linha de produção para os novos modelos que têm lançamento previsto para o segundo semestre.
Os novos carros estão dentro do projeto GEM (Global Emerging Market), anunciado ainda em 2015 e no qual a GM diz usar tecnologias de manufatura 4.0. O investimento previsto para o país é de R$ 13 bilhões, sendo R$ 1,4 bilhão que estão sendo aplicados no Rio Grande do Sul.
— São necessários os ajustes de sincronização e balanceamento para deixar tudo pronto com o novo carro. Desde o ano passado, os investimentos em robótica foram intensos — diz o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Edson Dorneles.
Enquanto isso, não há grandes novidades sobre a polêmica iniciada em janeiro pela GM, quando a montadora colocou cartazes nas fábricas ameaçando suspender investimentos. O comunicado dizia que o prejuízo dos últimos anos não poderia se repetir e que 2019 seria um ano decisivo para a operação da empresa no Brasil.
Depois, se intensificou a negociação com revendedoras dos veículos da Chevrolet, fornecedores, governos e trabalhadores. A GM conseguiu redução de comissões e trata ainda de benefícios tributários.
Com os funcionários da fábrica de São José dos Campos (SP), conseguiu aprovar um acordo que congela o salário e reduz a participação nos lucros da empresa. Aqui em Gravataí, recuou e desistiu de mexer no acordo aprovado em 2017 com validade de dois anos. No entanto, avisou que manterá as negociações com os metalúrgicos para implementar mudanças após o fim do prazo, que é em 2020.
A GM se instalou em Gravataí em 2000, quando começou a produzir o Celta. Em 2006, lançou o Prisma e depois, em 2012, foi a vez do Onix, líder de vendas no mercado de veículos do Brasil.