O economista Roberto Castello Branco aceitou o convite para assumir a presidência da Petrobras no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). O nome agrada - e muito - o mercado financeiro.
Diretor de Operações da Mirae Asset, Pablo Spyer já enviou a notícia para investidores com a legenda: "Extremamente respeitado e admirado". Sócio da gestora de fundos Quantitas, Wagner Salaverry também considerou uma boa indicação.
- Excelente executivo e com grande experiência na Vale. Mais um de Chicago - salienta Salaverry.
Assim como o nome da economia de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, o indicado para a Petrobras tem formação na Universidade de Chicago. A instituição é conhecida pelo viés liberal e pela formação dos chamados "Chicago boys".
A coluna Acerto de Contas questionou o sócio-diretor da consultoria petroquímica Maxiquim, João Luiz Zuñeda, sobre dois assuntos:
Pode haver mudança na política de preços dos combustíveis?
Zuñeda - Roberto Castello Branco é mais um ortodoxo de Chicago. Tem experiência empresa gigante como a Vale e já foi conselheiro da Petrobras. Ordodoxo e mercado vivem juntos. Dormem juntos. Acordam juntos. Os preços devem acompanhar o mercado internacional, mas com flutuação não tão grande. Projetar preço petróleo não é algo fácil, mas a pressão de alta deve ser algo de médio prazo e no futuro de queda com novas modalidades de locomoção e carros elétricos e biocombustíveis.
Alguma expectativa de retomada do polo naval?
Zuñeda - Aqui, acho difícil. Vão pautar por rapidez nas entregas e custos competitivos. A Petrobras precisa monetizar rápido o pré-sal. Na construção e entregas, chineses e coreanos são quase imbatíveis. Se vier algo para Rio Grande do Sul, será marginal.
Segundo a nota divulgada pela equipe de Paulo Guedes, o atual presidente da Petrobras permanece no comando da estatal até a nomeação do novo presidente. Ivan Monteiro substituiu Pedro Parente, que implantou a nova política de preços e saiu após a greve dos caminhoneiros.