Consultoria do setor petroquímico, a Maxiquim fechou uma parceria com a Gas Energy, que atua com petróleo e gás. A ideia é que as empresas trabalhem juntas em projetos na América Latina.
Cada uma manterá seu escritório próprio. No entanto, os profissionais trabalharão integrados, o que não ocorria até então.
- É importante em um momento em que temos que aproveitar o que fazer com petróleo e gás. Não só exportar commodity - explica o sócio-diretor da Maxiquim, João Luiz Zuñeda.
Zuñeda acredita no aumento na demanda do setor. Diz que o Brasil terá muito gás natural com o pré-sal.
- A Gas Energy sabe muito bem disso, tem os dados. Mas o que fazer com ele? Só exportar? Não. Ter opções na indústria química. Já isso a MaxiQuim sabe muito bem - complementa o executivo.
A coluna Acerto de Contas não resiste e pergunta: é possível que a gasolina no Brasil fique "menos cara"? Zuñeda responde:
- A gasolina paga muito imposto em todo o mundo. Em alguns países, paga menos, como nos Estados Unidos. Outros mais, como na Europa. O problema maior é quando a relação de preço não se dá pelo mercado. Como aconteceu no Brasil. Tínhamos gasolina mais barata com imposto alto. Gostamos, mas a conta chegou. Aí, teve a greve dos caminheiros e tivemos que baixar a gasolina e manter os impostos altos. Por um tempo, dá. Depois, vem a conta de novo.
Mas como mudar a situação?
- Aproveitar o petróleo do pré-sal para fazer refino aqui. Mas tem que criar condições de mercado para isto. Se não, ninguém investe em refino. Só a Petrobras e mandada, pois ganha mais dinheiro em exploração e produção de petróleo. Ou seja, tem que desregulamentar o mercado. Choques heterodoxos e ortodoxos viram insegurança de mercado e poucos investem.