CEO das empresas Mapa Mundi Turismo e Negócios Globais e Portugal House, Henrique Raizler deu um pulo em Porto Alegre nesta semana para palestrar sobre como abrir negócio, estudar e investir em Portugal. Ele faz parte de um projeto chamado HUB Portugal. O empresário é gaúcho, montou as empresas em Lisboa e faz doutorado em Turismo e Felicidade.
Raizler deu entrevista no último programa Acerto de Contas (domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha) e explicou como entende essa onda de brasileiros que, aproveitando principalmente o idioma, querem viver em Portugal. Sobre o Brasil, diz:
— Sempre fomos o país do futuro e nunca chegamos lá.
A coluna perguntou para Raizler o que ele achava, se as pessoas deveriam apostar em trabalhar como empregadas ou abrir um negócio no país. O empresário disse que, pelo nível dos brasileiros que estão indo para Portugal, o ideal seria abrir um negócio. Está certo que é um dos focos das empresas de Raizler oferecer serviços para quem quer empreender por lá, mas o empresário argumenta:
— Portugal não é local para ser empregado. O salário-base é de 580 euros, o que se transforma em R$ 2,5 mil mais ou menos. É um nível baixo de salário para os brasileiros das classes A e B.
Raizler diz que o país deve ser visto como um polo para internacionalizar empresas brasileiras, proposta do projeto HUB Portugal, que ele está criando com a empresa Enfato. Não para atender só ao mercado português, que é do tamanho do Rio Grande do Sul. Mas para estar perto de outros países.
— Vejo oportunidades para startups, engenheiros e profissionais ligados à tecnologia, por exemplo. Aí, a remuneração pode ficar entre 1,5 mil e 2 mil (euros), que é um bom salário e tem um poder de compra invejável em Portugal — complementa.
Ele lembra que o governo português está facilitando a entrada de aposentados, com isenções fiscais. O empresário destaca ainda os vistos de investidor e poder econômico.
— Se você tem planos de permanecer, uma opção pode ser o Golden Visa ou a Autorização de Residência para Atividades de Investimento (ARI), que permite residência temporária e direito a trabalhar. Além disso, cumprindo todas as etapas desta categoria, é possível obter a nacionalidade portuguesa em até seis anos. O D2 é um visto que tem objetivo de conceder direito a residência para quem planeja realizar atividade empresarial em Portugal, devendo ser solicitado no país ou na localidade de residência do aplicante. O prazo de resposta para o consulado é de aproximadamente 60 dias. Esta modalidade de visto também pode ser expandida para cônjuge e família, em caso de filhos, mas é importante ressaltar que este é um visto temporário e será necessário solicitar o visto de permanência — detalha Raizler.
Ouça mais detalhes na entrevista veiculada no programa Acerto de Contas (domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha):