O Rio Grande do Sul abriu 50 lojas no primeiro semestre. O balanço é da Confederação Nacional do Comércio, considerando o saldo entre aberturas e fechamentos de estabelecimentos comerciais com vínculo empregatício. Em 2017, o Rio Grande do Sul perdeu mais de 700 lojas.
No país, o saldo também ficou positivo de janeiro a junho de 2018. Foram 2.252 estabelecimentos, número puxado por São Paulo. Destaque também para um Estado Sul. Foi Santa Catarina, que ficou em segundo no ranking, abrindo 852 lojas. Já o Rio de Janeiro teve o pior resultado, fechando 1.038 lojas.
Entre os segmentos, os hiper e supermercados se destacaram. Foram seguidos, por lojas de artigos de uso pessoal e doméstico e pelo ramo de vestuário. Por outro lado, estabelecimentos especializados em venda de materiais de construção foram os que mais fecharam as portas no semestre.
Na média nacional, foi o segundo semestre consecutivo de aumento. Também foi o maior saldo semestral desde a segunda metade de 2013. No entanto, a CNC vê o avanço como tímido e expõe a perda de fôlego da economia, gerando incerteza para que os investimentos do setor finalmente se materializem.
Com o balanço, a entidade reduziu sua previsão de abertura de 20,7 mil pontos de venda no varejo brasileiro para a 5,2 mil lojas em 2018. Cita como fatores: greve dos caminhoneiros, fraco cenário do mercado de trabalho, desvalorização do real, pressões de custos impostas pelo ritmo mais acelerado de preços administrados (energia e combustíveis) e, principalmente, a incerteza sobre o cenário político.
- O ritmo de expansão do número de pontos de venda pode ser considerado tão frustrante quanto a percepção de desaceleração no ritmo de atividade econômica - diz Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da Confederação.
A crise no varejo teve início em 2014, quando as vendas encolheram pela primeira vez em onze anos. Nos dois anos seguintes, o quadro se agravou. Assim, o setor acumulou retração de 20% nos volumes de venda naqueles três anos.