Origem do alívio da inflação há mais de um ano, os alimentos vieram com tudo no IPCA de junho. O índice é calculado pelo IBGE e é considerado a inflação oficial do país.
O IPCA saltou para 1,26%, frente ao 0,40% registrado em maio. Em junho de 2017, tinha até registrado deflação. O indicador do mês passado foi o mais alto para junho desde 1995.
Conforme o cálculo do IBGE, a principal pressão veio dos alimentos. O leite longa vida está na liderança do impacto, com alta de quase 16% no preço médio no país. O frango também aumentou 8% de preço.
Outra pressão de destaque foi a conta de luz. Houve cobrança de bandeira tarifária patamar 2, a taxa extra mais alta. A Agência Nacional de Energia Elétrica já avisou que julho terá a mesma cobrança alta.
A gasolina também não deu trégua. Após pressão forte em maio, voltou a subir em junho. O aumento médio ficou em 5% e puxa a inflaçao porque é o itenm que mais pesa individualmente no cálculo que, por sua vez, é reflexo do peso no orçamento familiar.
12 meses
Com a alta de junho, o acumulado de 12 meses disparou. O IPCA do período passou para 4,39%, entrando na meta de inflação do Governo Federal.
Porto Alegre
O IPCA da Região Metropolitana de Porto Alegre aumentou para 1,43% em junho. O acumulado de 12 meses ficou acima da média nacional também, em 4,97%.
INPC
Os leitores perguntam muito sobre o INPC. O indicador também é calculado pelo IBGE e considera o impacto dos preços no orçamento de famílias de baixa renda. A dúvida ocorre porque o INPC costuma ser o parâmetro das negociações de reajuste salarial das categorias de trabalhadores.
No ano passado, o INPC ficava próximo de 2% com a inflação baixa. Com as recentes altas nos preços, o indicador subiu para 3,53% em 12 meses.