Eis que a sexta-feira começou com o dólar comercial despencando. A queda começou o dia a quase 3%, com a moeda chegando a ser cotada a R$ 3,80. Esta barreira tinha sido alcançada na terça-feira e nessa quinta-feira quase bateu os R$ 4.
No início da tarde, a queda do dólar comercial se acentuou, superando 4%. Começa cotado a R$ 3,76.
À noite passada, o presidente do Banco Central disse que faria intervenções intensas e constantes no câmbio. Ilan Goldfajn chegou a dizer que os recursos atingiriam níveis históricos. No entanto, reforçou o discurso de que a Selic não será usada para controlar o câmbio.
A queda do dólar comercial já se reflete nas casas de câmbio. É possível encontrar a moeda em Porto Alegre a menos de R$ 4 para papel moeda ou no cartão pré-pago, já contando o imposto. A AZM Consultoria em Câmbio está, inclusive, anunciando liquidação de dólar turismo, cotado a R$ 3,98, com o Imposto de Operações Financeiras (IOF).
Considerando o impacto nas ações negociadas na bolsa, acontece o que é o esperado com movimentações no dólar. As ações das empresas de varejo têm alta, já que são grandes importadoras e se prejudicam do dólar alto. Ao mesmo tempo, há a desvalorização das exportadoras, que ganham competitividade no exterior quando o real está fraco.