Levantamento do site Quero Bolsa apontou Porto Alegre como a capital com a mensalidade mais alta em graduações que estão entre as mais procuradas. Foram considerados os cinco cursos com maior número de alunos matriculados, segundo o Censo Nacional da Educação Superior: Direito, Administração, Pedagogia, Engenharia Civil e Ciências Contábeis. Vocês sabiam que, sozinhos, eles têm 36,72% dos universitários brasileiros?
Especializado em bolsas de estudo, o Quero Bolsa fez o levantamento dos preços médios em faculdades privadas de dez capitais: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. O cálculo levou em conta os valores integrais, sem desconto, em cursos presenciais de 158 instituições de ensino superior, sendo 19 no Rio Grande do Sul.
Porto Alegre é a capital com os preços médios mais elevados em três dos cinco cursos pesquisados. São eles: Direito (R$ 1.644), Administração (R$ 1.269) e Ciências Contábeis (R$ 1.158).
O curso de Engenharia Civil (R$ 1.533) em Porto Alegre é o segundo mais caro. Fica pouco abaixo do valor médio do Rio de Janeiro (R$ 1.554).
Já o curso de Pedagogia é mais caro em outros lugares. Em Porto Alegre, a mensalidade média fica em R$ 520. A mais cara é em Belo Horizonte, em R$ 828.
Interessante na pesquisa que a cidade de São Paulo, conhecida pelo alto custo de vida, não está entre as mais caras para estudar. O Quero Bolsa atribui à concorrência.
- A grande quantidade de instituições de ensino situadas na Grande São Paulo fazem com que a oferta seja elevada e a concorrência bastante forte. São fatores de mercado - analisa Pedro Balerine, diretor de Inteligência de Negócios do Quero Bolsa.
Tendência
A equipe do Quero Bolsa acredita que os preços seguirão pressionados para baixo. Apesar de alguns sinais de retomada da economia, o desemprego segue elevado e Fies, programa de financiamento estudantil, está mais enxuto.
Ociosidade
Outro levantamento do Quero Bolsa é sobre a ociosidade no ensino superior. No Rio Grande do Sul, fica em 51,6%. Pouco abaixo da média nacional, que é de 52,9%, mas ainda assim supera mais da metade das vagas disponíveis pelas instituições. Foram usadas informações do Censo da Educação Superior.