O varejo do Rio Grande do Sul deve faturar R$ 121,3 milhões com a Copa do Mundo de Futebol. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo para o evento que ocorrerá na Rússia.
Fica atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Quando comparado ao Mundial de 2014, as maiores taxas de crescimento deverão ocorrer em Santa Catarina (+24,8%) e no Rio Grande do Sul (+20,9%).
Para o país, a estimativa é de R$ 1,51 bilhão no faturamento do comércio varejista brasileiro. Confirmada a previsão e mesmo com a limitação do avanço do emprego, haveria um aumento de 7,9% em relação às vendas registradas no mesmo período de 2014.
Historicamente, os segmentos especializados nas vendas de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, além de artigos de vestuário esportivo, são os mais impactados de forma positiva. Especificamente para o Mundial deste ano, a estimativa da CNC é que o ramo de eletroeletrônicos, em que se concentram as vendas de televisores, deva responder por praticamente metade (49,4%) do faturamento do setor decorrente do evento.
Influenciados por uma estabilidade relativa da taxa de câmbio nos últimos meses, os importados deverão voltar às prateleiras, sobretudo os televisores. A importação cresceu 59% nos seis últimos meses, totalizando 5,5 milhões de aparelhos, contra 3,4 milhões verificados no mesmo período do ano passado.
— Além das importações, a indústria nacional também acelerou a produção de eletrônicos para fazer frente ao aumento sazonal de demanda. De acordo com o IBGE, no primeiro bimestre de 2018 a fabricação de produtos eletrônicos, de informática e óticos avançou 31,5% em relação aos dois primeiros meses do passado - explica Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica e autor do estudo.
A pesquisa comparou também os preços dos televisores com a última Copa do Mundo. Em Porto Alegre, o aumentou foi de 4,8% enquanto a inflação foi de 26,2% no período.