Um dos destaques do emprego formal no primeiro trimestre veio da construção civil. Foram 3.842 vagas criadas de janeiro a março no Rio Grande do Sul. No mesmo período do ano passado, o saldo positivo tinha sido de apenas 398 empregos.
A construção e o mercado imobiliário como um todo foram os primeiros setores a sentir a crise econômica. Com o crédito restrito, juro alto, renda em baixa e segurança do consumidor em frangalhos, as venas despencaram e os estoques de imóveis se encheram.
Indicadores começam a mudar, sem ainda darem certeza de que a retomada é consistente. Mas o sinal é bom. A coluna Acerto de Contas já noticiou que o crédito para compra da casa própria cresceu mais de 30% no Rio Grande do Sul. Também mostramos que a confiança do setor atingiu o maior patamar desde 2015 em Porto Alegre. Além disso, a Caixa Econômica Federal reduziu o juro do financiamento imobiliário nesta semana.
Mas os dados do Ministério do Trabalho trouxeram boas notícias também na indústria, que criou 24.938 vagas com carteira assinada no trimestre, contra menos de 19 mil no mesmo período do ano passado. Destaque para as indústrias de borracha, fumo e calçados.
O setor de serviços criou 10.271 postos de trabalho. São menos do que a indústria, mas muito acima dos 1,5 mil registrados do ano passado.
Já o comércio também ficou no negativo, cortando quase 1,3 mil vagas. Em geral, há a dispensa dos temporários de fim de ano.