Clientes residenciais e comerciais terão agora acesso também a um sistema de cogeração a partir de gás natural, até então disponível apenas para grandes empreendimentos. O projeto é uma parceria da Sulgás com a Luming Inteligência Energética.
Com tecnologia de plataformas de petróleo, o equipamento usa o calor para produzir deixa a água quente ou gelada e produzir vapor. Ao mesmo tempo, gera também eletricidade. Segundo a Sulgás, serve para reduzir o consumo de energia elétrica.
O sistema de cogeração com microturbinas Capstone custa de US$ 120 mil a US$ 150 mil. Depende depende do caso e do tipo de negociação com o cliente.
Dois clientes da Sulgás já estão usando o sistema. São eles Condomínio Ibirapuera e Motel Audace. Como já utilizavam o gás natural da companhia para cocção e aquecimento de água, a instalação dos equipamentos foi mais fácil.
Gerente da Luming, Wolf Rowell explica que a grande vantagem é o aproveitamento de calor. Nesta tecnologia, até 90% do potencial energético do gás natural é aproveitado, convertendo em torno de 30% em eletricidade e 60% em processos para aquecer ou esfriar.
— A economia com energia elétrica tem sido em média de 40% a 60% - garante o engenheiro.
O sistema pode ser implantado tanto em construções na planta quanto em empreendimentos já existentes. No caso de condomínios residenciais, a recomendação, considerando o retorno econômico, é que tenha um consumo mínimo de 20 mil quilowatt-hora por mês. Para se ter uma ideia, equivale a um condomínio de, no mínimo, 50 unidades com água central e piscina.
Motel Audace
Proprietário do Motel Audace, o empresário Saulo Borella espera reduzir em pelo menos 15% o custo atual com energia. Também quer otimizar o aquecimento de água, grande gargalo do negócio. Sistema será usado para aquecer a água de 93 chuveiros, 26 banheiras de hidromassagem e dois SPAs.
— A energia consome 10% do nosso orçamento.
Condomínio Parque Ibirapuera
Condôminos queriam aquecer a piscina principal. Atualmente, a taxa do condomínio já tem 15% de impacto da iluminação de áreas comuns, elevadores, sistemas de bombeamento e filtragem de piscinas. O síndico Anderson Belea diz que outros sistemas pesquisados exigiam diversas adaptações na estrutura do condomínio.
— Não atenderá as unidades autônomas inicialmente, mas a projeção é reduzir a conta de luz para a taxa mínima.